Portugal regista mais 734 casos de covid. 89% em Lisboa e Vale do Tejo e no Norte
Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais 13 pessoas e foram confirmados mais 734 casos de covid-19 (um crescimento de 0,93% em relação ao dia anterior). Segundo o boletim epidemiológico da DGS desta segunda-feira (5 de outubro), no total, desde que a pandemia começou, registaram-se 79 885 infetados, 50 454 recuperados (mais 247) e 2 018 vítimas mortais no país.
Há, neste momento, 27 413 doentes portugueses ativos a ser acompanhados pelas autoridades de saúde, mais 474 do que ontem.
A maior parte dos casos diagnosticados no último dia encontram-se na região de Lisboa e Vale do Tejo (mais 356 - 48,5% do total diário) e no Norte (mais 298 - 40,6%). Ou seja, juntas as duas regiões representam 89,1% das infeções de hoje.
Seguem-se a região do Centro (mais 45 casos), a do Algarve (mais 25), o Alentejo (mais seis), a Madeira (mais três) e os Açores (mais um).
Desde agosto que o número de casos diários de covid-19 tem estado a aumentar, sendo que o fim de semana que passou foi o pior desde que a pandemia chegou a Portugal, em março: foram diagnosticadas 1867 infeções. Também nunca tinha acontecido haver dois dias seguidos com mais de 900 casos.
Sobre este crescimento "previsível", o primeiro-ministro alertou, este domingo à noite, que "estamos exclusivamente nas nossas próprias mãos". António Costa continua a descartar a possibilidade de um novo período de confinamento tal como aconteceu durante o estado de emergência, na primeira fase da pandemia em Portugal. "As famílias e as empresas não aguentariam". Portanto, "se não cumprirmos [as regras] teremos situações dramáticas", continuou o governante.
Quanto aos 13 óbitos registados, estes distribuem-se por Lisboa e Vale do Tejo (sete), pelo Norte (três), pelo Centro (dois) e pelo Alentejo (um).
As vítimas mortais são seis homens (cinco com mais de 80 anos e um entre os 70 e os 79) e sete mulheres (todas com mais de 80).
A taxa de letalidade global do país é hoje de 2,53%, subindo aos 13,14% no caso das pessoas com mais de 70 anos - as principais vítimas mortais.
Estão internados 701 doentes, ou seja, mais 19 do que no dia anterior. Já nos cuidados intensivos há agora 106 pessoas - mais uma do que na véspera.
O boletim da DGS de hoje indica ainda que as autoridades de saúde estão a vigiar 46 272 contactos de pessoas infetadas (menos 76 do que ontem).
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Lisboa, Sintra e Loures continuam a ser os municípios do país com o maior número de casos de covid, desde o início da pandemia, respetivamente com 6 965, 5 804 e 3 357. Segunda-feira é dia de atualização dos dados por concelho.
Seguem-se a Amadora (com 3 149 casos), Vila Nova de Gaia (2 421), Odivelas (2 366), Cascais (2 177) e o Porto (1 957).
Depois de terem estado em contacto com o advogado e comentador político António Lobo Xavier, que está infetado com covid-19, durante uma reunião do Conselho de Estado, no Palácio da Cidadela em Cascais, na passada terça-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa, deram negativo no teste de rastreio à covid.
Apesar disto, a presidente da Comissão Europeia vai manter-se em isolamento até amanha de manhã.
Os antigos presidentes da República Jorge Sampaio e Aníbal Cavaco Silva, Francisco Pinto Balsemão, Leonor Beleza e Francisco Louçã receberam o mesmo resultado, depois de terem estado no Conselho de Estado de terça-feira.
O novo coronavírus já infetou mais de 35,4 milhões de pessoas no mundo inteiro até esta segunda-feira e provocou 1 042 594 mortes, segundo dados oficiais. Há agora 26,6 milhões de recuperados.
No total, os Estados Unidos da América são o país com a maior concentração de casos (7 637 066) e de mortes (214 615). Em termos de número de infetados acumulados no mundo, seguem-se a Índia (6 626 291), o Brasil (4 915 289) e a Rússia (1 225 889). Portugal surge em 51.º lugar nesta tabela.
Quanto aos óbitos, depois dos Estados Unidos, o Brasil é a nação com mais mortes declaradas (146 375). Depois, a Índia (102 746) e o México (79 088).