Portugal com mais 89 mortes e 4602 casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Estão infetadas com covid-19 mais 4602 pessoas e morreram mais 89 nas últimas 24 horas em Portugal, segundo o boletim epidemiológico da Direção-geral da Saúde (DGS) divulgado esta quarta-feira, dia 23 de dezembro. Os dados indicam um novo aumento diário de infeções e de óbitos pela doença provocada pelo novo coronavírus.
Há a registar 308 446 recuperados em Portugal, sendo que 3621 foram reportados no relatório de hoje da DGS.
Nos hospitais portugueses há menos 105 pessoas internadas, em comparação com terça-feira. São agora 2990 os doentes hospitalizados, sendo que 511 estão em cuidados intensivos, unidades onde se registou um aumento de três internamentos face ao dia de ontem.
No total, desde o início da pandemia, Portugal confirmou 383 258 casos positivos de covid-19 e 6343 mortes.
O país tem, atualmente, 68 469 casos ativos da doença (mais 892) em relação à véspera.
O Norte é a região onde se registaram mais contágios, com 1881 diagnósticos por covid-19 (e 32 mortes), representando 39,5% do total de novos casos..
Já Lisboa e Vale do Tejo é a região onde ocorreu o maior número de óbitos no país nas últimas 24 horas, ao reportar 40 vítimas mortais (e mais 1467 novos casos).
A região Centro regista mais 791 infeções (e mais 14 óbitos), o Alentejo 322 novos casos (e mais três mortes) e o Algarve reportou mais 155 diagnósticos para covid-19, sem registar mais vítimas mortais.
Na Madeira, verificaram-se mais 38 novos casos e nos Açores foram confirmados mais 22 infetados com o novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, as duas regiões autónomas não reportaram mais mortes.
A DGS indica ainda que têm em vigilância 87 043 contactos, mais 709 relativamente a terça-feira.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 172 152 homens e 210 969 mulheres, referem os dados da DGS, segundo os quais há 137 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que estes dados não são fornecidos de forma automática.
Do total de vítimas mortais, 3299 eram homens e 3044 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nos idosos com mais de 80 anos, seguido das pessoas entre os 70 e os 79 anos.
Também esta quarta-feira, em comunicado, ficou a saber-se que a Sociedade Portuguesa de Alergologia propôs que a vacina da Pfizer para a covid-19 não seja administrada a pessoas com antecedentes de reações alérgicas graves, apesar de reconhecer que estas reações às vacinas são raras.
Em comunicado, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), diz que, apesar da informação clínica disponível sobre os casos em que terão ocorrido reações alérgicas suspeitas à vacina Pfizer-BioNTech para a covid-19 ser ainda muito limitada, "não se supõe existir um risco acrescido de efeitos adversos à vacina em doentes asmáticos, com rinite alérgica ou com eczema".
"As reações alérgicas às vacinas do calendário nacional de vacinação são raras. As reações mais graves (reações anafiláticas) ocorrem em menos de 1/100.000 indivíduos", afirma a SPAIC, acrescentando que "de acordo com a informação disponível, as reações alérgicas à vacina Pfizer-BioNTech para a covid-19 serão também eventos raros".
Contudo, propõe que esta vacina não seja administrada a doentes com antecedentes de reações alérgicas graves a vacinas e que a relação risco-benefício "seja avaliada por um imunoalergologista nos casos de anafilaxia prévia a medicamentos, alimentos, latex, venenos de himenópteros (insetos como abelhas, vespas ou formigas) e ainda nos casos de anafilaxia idiopática (quando não é claramente identificado nenhum agente causador da reação alérgica grave), síndromes de ativação mastocitária (quando a reação alérgica afeta mais do que um sistema de órgãos) e imunodeficiências primárias".
A SPAIC defende que as vacinas contra o SARS-CoV-2, o coronavírus que provoca a doença covid-19, só deverão ser administradas em unidades de saúde onde existam profissionais devidamente treinados e meios adequados para o tratamento de eventuais reações alérgicas e que deverá ser respeitado um período de vigilância de 30 minutos após a administração da vacina.
Esta quarta-feira, o Presidente da República anunciou uma mudança nos seus planos de celebração do Natal.
Em lugar de várias refeições com distintas pessoas que começavam esta quarta-feira e terminavam no dia 26 (com uma pausa a 25), Marcelo disse que "Só haverá uma em casa com cinco pessoas".
"Tendo visto que alguns epidemiologistas ficam muito sensibilizados com o facto de ter muitas refeições, eu já reduzi a uma. Só haverá uma refeição em casa com cinco pessoas. É o mínimo dos mínimos", afirmou o Presidente da República aos jornalistas, à margem da entrega da lista de assinaturas para a recandidatura a Belém.
Sobre a agenda enquanto candidato e Presidente da República nesta quadra natalícia. "No dia 25 não tenho programa, nem como Presidente nem como candidato", disse, referindo que no dia 24 de dezembro também tem a agenda livre.
"Fica o Natal reduzido a 23 à noite, 24 não haverá nem 25", concluiu Marcelo Rebelo de Sousa.
Esta terça-feira, em conferência de imprensa, a primeira desde que foi considerada recuperada da covid-19, Graça Freitas relembrou as orientações da Direção-Geral da Saúde para o Natal, como cumprir as regras em vigor no concelho de residência, não contactar com outras pessoas em caso de isolamento, manter a distância, uso de máscara, lavagem de mãos, redução de convívios presenciais e o tempo do convívio, evitar partilha de objetos, arejar os espaços e desinfetar as superfícies.
Portugal regista um dos maiores níveis de moratórias da Europa e o supervisor bancário português está atento. Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, admitiu ontem que a medida vai ser reavaliada nos próximos meses.
Segundo o ex-ministro das Finanças, "as moratórias atingem uma dimensão significativa, muito maior do que a média da zona euro e a média da União Europeia". Na sua primeira audição como governador na Comissão de Orçamento e Finanças, Centeno destacou que as moratórias são "um instrumento que se deve manter ativo mas que deve ir evoluindo".
No total, empresas e famílias têm em suspenso 13 mil milhões de euros de prestações de crédito até setembro de 2021, segundo dados do Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal divulgado recentemente. O Banco de Portugal estima que, no caso das empresas, até ao fim do prazo das moratórias, as prestações devidas e não pagas possam ascender a cerca de 11 mil milhões de euros.
Segundo o mesmo relatório, os empréstimos em moratória ascenderam a 46 mil milhões de euros em setembro de 2020, o que compara com 43,2 mil milhões de euros em junho de 2020.
O governador do Banco de Portugal defendeu que, "do lado do setor bancário, a preservação do capital nas instituições bancárias é crucial".
As palavras de Centeno surgem numa altura em que crescem as preocupações sobre um possível forte aumento do crédito malparado na banca, quando chegar o final do prazo das moratórias, no final de setembro de 2021.