DGS permite arraiais mas cumprindo as novas regras
A diretora-geral da Saúde defendeu esta quinta-feira que os arraiais se podem realizar mas em moldes diferentes dos outros anos, porque terão de cumprir as regras estabelecidas para minimizar a disseminação do novo cononavírus.
Durante a conferência de imprensa diária de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus (covid-19, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou que "nada impede que haja uma boa esplanada e que essa esplanada tenha música e que essa música seja acompanhada de um grelhador e de uma belas sardinhas".
No entanto, sublinhou Graça Freitas, é preciso cumprir as regras de distanciamento: "É uma nova normalidade. As coisas podem fazer-se, mas com regras".
A diretora-geral da Saúde referiu que, neste momento, já estão a funcionar "esplanadas ótimas, com muitas pessoas", que cumprem as regras e por isso "o risco é mínimo", mas também existem espaços onde "os riscos são demasiados".
Na quarta-feira, a ministra da Presidência afirmou que as autoridades iriam garantir que não se iriam fazer arraiais e festas populares, mesmo que fossem promovidas informalmente por estabelecimentos com licença para funcionar.
Presente na conferência de imprensa da DGS de quarta-feira, Mariana Vieira da Silva salientou que "desconfinamento não significa normalidade" e lembrou que "festas populares e arraiais estão expressamente proibidos".
A justificação para esta proibição prende-se com "as regras de distanciamento social", que impedem a realização de festas, mesmo privadas, que "têm sido pontos problemáticos nas últimas semanas", disse a ministra.
Questionada esta quinta-feira se os arraiais estão ou não proibidos, Graça Freitas respondeu: "Um café pode ter uma esplanada, uma esplanada pode ter um grelhador, o grelhador pode ter sardinhas, isso não impede as pessoas todas que observem as regras, que será um arraial diferente do arraial do ano passado".
Portugal regista esta quinta-feira 1.504 mortes relacionadas com a covid-19, mais sete do que na quarta-feira, e 35.910 infetados, mais 310, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.
Em comparação com os dados de quarta-feira, em que se registavam 1.497 mortes, esta quinta-feira constatou-se um aumento de óbitos de 0,46%. Já os casos e infeção subiram cerca de 0,9%
Na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se tem registado maior número de surtos (14.161), há mais 283 casos de infeção do que na quarta-feira (cerca de 2%).