Casamentos e batizados "não devem juntar mais de 20 pessoas" e devem ser limitados ao agregado familiar

As celebrações em tempo de pandemia devem respeitar as regras definidas pelas autoridades de saúde noutras circunstâncias. Ou seja, devem ser evitados ajuntamentos, principalmente entre diferentes agregados familiares, e garantidas as medidas de higiene e de distanciamento social.
Publicado a
Atualizado a

"Houve um amigo que me perguntou: achas que faça o casamento agora? Era um casamento enorme, por isso disse `se fosse a ti casava-me daqui a uns tempos` porque se for agora não vai poder ser uma festa dessa natureza", contou a diretora-geral da Saúde, esta sexta-feira (12 de junho), durante a conferência de imprensa diária, no Ministério da Saúde. Graça Freitas alertou para o facto de as celebrações em tempo de pandemia continuarem sujeitas a regras, nomeadamente, "não se devem juntar mais de 20 pessoas" e devem evitar-se ao máximo misturar agregados familiares.

"As pessoas que pertencem a agregados familiares diferentes não se devem juntar. Essa é a regra número um", reforça a diretora-geral da Saúde, que aponta que, nesta altura, "as pessoas têm de rever as suas cerimónias. Há regras e não podemos celebrar um casamento, um batizado ou qualquer outra festa como o fazíamos antes".

Quanto à possibilidade de manter a pista de dança ativa nos casamentos e batizados, Graça Freitas diz que se se tratar de um salão amplo, com um número reduzido de pessoas e com garantias de distanciamento "não podemos ser fundamentalistas".

A responsável pela DGS admite ainda uma exceção para os funerais entre pessoas da mesma família, mas isso não significa um relaxamento das medidas de distanciamento, de etiqueta respiratória, de higiene e da utilização de máscara. "Na celebração digna de funerais, quando todos os intervenientes pertencem a agregados familiares e, mesmo nessas situações, devem manter distanciamento social, utilização de máscara e permanência curta durante estes cerimoniais".

"Relativamente a casamentos e batizados, observam-se as mesmas regras", sublinhou.

Estas indicações dizem respeito a todas as situações e a diretora-geral da Saúde junta o exemplo das celebrações religiosas. "As pessoas têm de rever as suas cerimónias, os seus rituais e ter noção das implicações do convívio com outros agregados familiares, com outros grupos de pessoas que não têm o mesmo tipo de comportamento, sabendo nós que há casos assintomáticos da doença e não havendo a certeza absoluta ainda que esses casos não possam transmitir a doença. Obviamente, há que ter cautelas", acrescentou.

Em Portugal, nas últimas 24 horas, foram notificados mais 270 novos casos de covid-19 e mais uma vítima mortal, de acordo com o boletim da DGS. No total, desde que a pandemia começou registaram-se 36180 infetados, 22200 recuperados e 1505 vítimas mortais no país.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt