Hospital russo usa câmaras hiperbáricas no tratamento de covid-19

Medida também está a ser estudada em Portugal no Centro de Medicina Subaquática e Hiperbárica da Marinha Portuguesa.
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O Hospital Sklifosóvski, um dos mais conceituados da capital russa, começou a usar câmaras hiperbáricas no tratamento do covid-19. Estes aparelhos são habitualmente utilizados ​​para curar a doença descompressiva ou embolia nos mergulhadores, e fazem com que o paciente respire quantidades de oxigénio muito superiores ao normal.

"O que se procura com esta terapia é tentar impedir que o paciente seja transferido para a UCI e precise de ser submetido a ventilação pulmonar assistida", explicou Sergey Pétrikov, um dos médicos do departamento responsável pelo tratamento do coronavírus na UCI do Sklifosóvski.

"As sessões com a câmara hiperbárica são complementadas com outras terapias para melhorar o tratamento em geral, e o resultado é que a quantidade de oxigénio no sangue aumenta e o paciente respira melhor", disse o médico ao site da Câmara de Moscovo (mos.ru), garantindo: "O oxigénio hiperbárico melhora o efeito do tratamento antiviral e antibacteriano, além de reduzir os efeitos colaterais."

Moscovo concentra quase metade dos casos covid-19 na Rússia, onde, só nas últimas 24 horas, o país de Vladimir Putin registou mais de oito mil novos casos, num total de mais de 450 mil infetados e quase seis mil mortes. Apesar da gravidade da situação foram levantadas algumas restrições, embora o confinamento obrigatório vá continuar pelo menos até 14 de junho

O tratamento inovador também pode avançar em Portugal. Segundo a Marinha Portuguesa, o Centro de Medicina Subaquática e Hiperbárica (CMSH) está a avaliar um estudo clínico sobre a eficácia da Oxigenoterapia Hiperbárica na progressão da Síndrome de Dificuldade Respiratória Aguda nos doentes com covid-19.
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