Zelensky diz que Rússia não vai parar até ser derrotada e avisa: "Não há garantias de segurança sem armas”
EPA/KENA BETANCUR

Zelensky diz que Rússia não vai parar até ser derrotada e avisa: "Não há garantias de segurança sem armas”

Presidente ucraniano alerta que a Europa não deve “perder a Moldova para a Rússia”, como já perdeu Bielorrússia e Geórgia, e defendeu que os países em guerra se salvam com “amigos e armas”.
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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky avisou esta quarta-feira, 24 de setembro, que a Rússia não vai parar a não ser que seja derrotada, alertando que a Europa não deve “perder a Moldova para a Rússia”, como já perdeu Bielorrússia e Geórgia, e defendeu que os países em guerra se salvam com “amigos e armas”.

“Temos de nos lembrar como o mundo ignorou a necessidade de ajudar a Geórgia, após o ataque da Rússia, e como se perdeu a Bielorrússia. Já perdemos a Geórgia na Europa. Os direitos humanos e a natureza europeia do sistema estatal estão apenas a diminuir lá. A Geórgia depende da Rússia e, durante muitos e muitos anos, a Bielorrússia também se tem vindo a tornar dependente da Rússia. Putin continuará a impulsionar a guerra, de forma mais ampla e profunda... A Ucrânia é apenas a primeira. Drones russos já estão a sobrevoar a Europa. A Europa não pode perder a Moldova também”, disse Zelensky, na sua intervenção perante a Assembleia-Geral da ONU, num discurso em que acusou Moscovo de procurar repetir no território moldavo a mesma influência que o Irão exerce sobre o Líbano.

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A Moldova, com um Governo e uma Presidente pró-europeístas, realiza no domingo eleições legislativas, vistas como cruciais para o futuro alinhamento político de Chisinau entre a União Europeia (UE) e Moscovo.

O chefe de Estado ucraniano afirmou que as instituições internacionais estão a falhar e que a realidade demonstra que o Direito internacional só funciona quando há aliados fortes e capacidade militar.

“É terrível, mas sem armas as coisas seriam ainda piores. Não há garantias de segurança sem amigos e sem armas”, explicou o líder ucraniano.

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"Estamos a viver a corrida ao armamento mais destrutiva da história da humanidade", acrescentou, alertando para a proliferação do uso da violência, quer por parte de Estados-nação, quer de ativistas políticos, dando como exemplos as tentativas de assassinato de Donald Trump e o homicídio de Charlie Kirk.

"É claro que estamos a fazer tudo para garantir que a Europa ajuda realmente, e contamos com os Estados Unidos", prosseguiu, fazendo um apelo à ação na conclusão do seu discurso: "Não se calem enquanto a Rússia continua a arrastar esta guerra... Por favor, juntem-se a nós na defesa da vida, da lei e da ordem internacionais. As pessoas estão à espera de ação."

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