Ativistas pró-Palestina anunciaram esta sexta-feira, 20 de junho, que invadiram a base da Força Aérea britânica (RAF) de Brize Norton, em Oxfordshire, e que pintaram aviões com tinta vermelha. Um protesto que dizem ter tido como objetivo interromper "a participação direta do Reino Unido na prática de genocídios e crimes de guerra no Médio Oriente"."Apesar de condenar publicamente o governo israelita, o Reino Unido continua a enviar carga militar, a sobrevoar Gaza com aviões espiões e a reabastecer os caças americanos/israelitas", declarou um porta-voz do grupo de ativistas, em comunicado. Para os ativistas pró-Palestina, "o Reino Unido não é apenas cúmplice, é um participante ativo no genocídio de Gaza e nos crimes de guerra em todo o Médio Oriente".O momento em que os ativistas entram na base aérea e pintam os aviões militares foi registado e publicado pelo grupo Palestine Action na rede social X.Segundo a nota divulgada, os "dois ativistas invadiram" a base da Força Aérea britânica, com recurso a "trotinetas elétricas". "Usaram extintores de incêndio reutilizados para pulverizar tinta vermelha nos motores das turbinas de dois Airbus Voyagers e causaram mais danos com pés-de-cabra", explicaram. A tinta vermelha que usaram "simboliza o derramamento de sangue palestiniano", adiantaram..Com esta ação de protesto, o grupo pró-Palestina considera que colocou os aviões militares "fora de serviço" e que, desta forma, os dois ativistas "interromperam a participação direta do Reino Unido na prática de genocídio e de crimes de guerra em todo o Médio Oriente". Os dois ativistas terão conseguido fugir do local. O governo britânico lamentou a ação que classificou de "vandalismo". Numa mensagem divulgada nas redes sociais, o primeiro-ministro britânico referiu-se a um ato "vergonhoso"."As nossas Forças Armadas representam o melhor do Reino Unido e arriscam as suas vidas por nós todos os dias. É nossa responsabilidade apoiar aqueles que nos defendem", declarou Keir Starmer.O Ministério da Defesa britânico também condenou a ação do grupo de ativistas. “Estamos a trabalhar em estreita colaboração com a polícia, que está a investigar.".Manifestantes pró-Palestina invadem auditório da Feira do Livro de Lisboa