Trump promete "verdadeiro inferno" se Hamas não libertar reféns até sábado
EPA/ALEXANDER DRAGO / POOL

Trump promete "verdadeiro inferno" se Hamas não libertar reféns até sábado

O chefe de Estado norte-americano sublinhou que Israel deve cancelar o acordo de cessar-fogo se este prazo for ultrapassado. Hamas responde que este tipo de linguagem "só complica as coisas".
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O Presidente dos Estados Unidos Donald Trump classificou esta segunda-feira a ameaça do Hamas de adiar a próxima libertação de reféns como terrível, prometendo "um verdadeiro inferno" caso não sejam "todos trazidos de volta até ao meio-dia de sábado".

O chefe de Estado norte-americano sublinhou que Israel deve cancelar o acordo de cessar-fogo com o movimento islamista palestiniano se este prazo for ultrapassado.

Para o Hamas, estas declarações "são inúteis e só complicam as coisas". "Trump deve lembrar-se que existe um acordo de tréguas que deve ser respeitado por ambos os lados e que esta é a única forma de trazer os prisioneiros de volta", disse Sami Abu Zouhri, um líder do movimento islamista palestiniano, à AFP. "A linguagem das ameaças não vale nada e só complica as coisas", acrescentou.

O braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qasam, anunciou esta segunda-feira que a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos não será realizada no próximo sábado devido às "violações inimigas" dos termos do acordo de cessar-fogo.

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"Por conseguinte, a entrega dos prisioneiros sionistas, cuja libertação estava prevista para o próximo sábado, 15 de fevereiro de 2025, será adiada até nova ordem", declarou o grupo islamita radical em comunicado.

Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, acusou Israel de violar sistematicamente o acordo de cessar-fogo nas últimas três semanas e disse que a libertação de sábado seria adiada.

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Israel e o Hamas estão no meio de um cessar-fogo de seis semanas, durante o qual se prevê que o Hamas liberte dezenas de reféns capturados no ataque de 07 de outubro de 2023 em troca de quase 2.000 prisioneiros palestinianos.

Desde a entrada em vigor do cessar-fogo, no mês passado, as duas partes procederam a cinco trocas, libertando 21 reféns e mais de 730 prisioneiros.

A próxima troca estava prevista para sábado, com a libertação de três reféns israelitas em troca de centenas de prisioneiros palestinianos.

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