Sébastien Lecornu, que tomou posse como primeiro-ministro de França há menos de um mês, apresentou a demissão esta segunda-feira, 6 de outubro, depois de ter apresentado os nomes dos novos ministros e da contestação que daí veio. O presidente francês Emmanuel Macron aceitou a demissão."Não se pode ser primeiro-ministro quando as condições não estão reunidas", declarou o primeiro-ministro cessante na manhã desta segunda-feira, acusando os partidos de adotarem uma postura "como se todos tivessem maioria absoluta" e alertando para o "despertar de apetites partidários" relacionados com as próximas eleições presidenciais."Deve-se sempre preferir o seu país ao seu partido. Deve-se saber ouvir os seus apoiantes, mas pensar sempre no povo francês", defendeu, considerando fundamental um compromisso que conbine linhas verdes e tenha em conta um certo número de linhas vermelhas.Lecornu tinha tomado posse a 9 de setembro, tornando-se assim o primero-ministro francês com o mandato mais curto da quinta república. E a sua equipa ministerial, apresentada no domingo à noite, nem 12 horas durou. França está, portanto, mergulhada numa nova crise política. O país teve cinco primeiros-ministros desde a reeleição de Macron, em maio de 2022.Para a tade desta segunda.feira estava prevista uma reunião ministerial, a primeira do governo de Lecornu, mas a contestação da oposição e até de aliados e a ameaça de derrube do governo levaram o primeiro-ministro a avançar com o pedido de demissão."Não pode haver um regresso à estabilidade sem o regresso às urnas e a dissolução da Assembleia Nacional", disse o líder do Reagrupamento Nacional, Jordan Bardella, após a demissão de Lecornu. Em atualização.Socialistas e extrema-direita exigem mudanças a Lecornu