Rússia anuncia operação antiterrorista em zonas fronteiriças e falam em ameaça nuclear em Kursk
O Comité Nacional Antiterrorista (NAC) da Rússia realizou um "regime de operações antiterroristas" nas regiões de Kursk, Belgorod e Bryansk, na fronteira com a Ucrânia, informou hoje o organismo.
A medida, que surge na sequência da incursão terrestre ucraniana em Kursk, entrou em vigor na sexta-feira à noite com o objetivo de "garantir a segurança dos cidadãos e suprimir a ameaça de atos terroristas cometidos por forças inimigas de sabotagem e reconhecimento", refere o comunicado oficial.
"As instituições do Estado estão a tomar medidas adicionais para garantir a segurança dos cidadãos, manter a ordem pública e reforçar a proteção antiterrorista das instalações", acrescentou o comunicado.
O CNA sublinha que os serviços secretos ucranianos "cometeram uma tentativa sem precedentes de desestabilizar a situação em várias regiões" da Rússia.
No ano passado, a Rússia introduziu brevemente o "regime de operações antiterroristas" em Moscovo e na sua região durante o motim do grupo paramilitar Wagner, cujos combatentes marcharam sobre a capital russa.
Esta medida reforça os poderes das forças de segurança e permite-lhes restringir os movimentos dos cidadãos.
Agência nuclear russa avisa que incursão em Kursk é uma "ameaça direta"
A agência nuclear russa Rosatom avisou entretanto que a incursão ucraniana na região de Kursk representa uma "ameaça direta" para a central localizada a menos de 50 quilómetros dos combates.
"As ações do Exército ucraniano representam uma ameaça direta" para a central nuclear de Kursk, informaram as agências noticiosas estatais russas, citando um comunicado da Rosatom.
"Neste momento, existe um perigo real de ataques e provocações por parte do exército ucraniano", acrescenta o comunicado.