Vladimir Putin e o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Russas, Primeiro Vice-Ministro da Defesa Valery Gerasimov, durante ums visita a um dos postos de comando do Grupo Conjunto de Forças.
Vladimir Putin e o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Russas, Primeiro Vice-Ministro da Defesa Valery Gerasimov, durante ums visita a um dos postos de comando do Grupo Conjunto de Forças.EPA/RUSSIAN PRESIDENTIAL PRESS OFFICE

Putin rompe acordo nuclear com EUA sobre reprocessamento de plutónio

O Kremlin já tinha suspendido unilateralmente a aplicação do tratado em 2016, durante a presidência do democrata Barack Obama
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O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou esta segunda-feira, 27 de outubro, uma lei que rompe o acordo com os EUA sobre o reprocessamento de plutónio, destinado a limitar a produção de novas armas nucleares e considerado obsoleto há vários anos.

O Acordo de Gestão e Processamento de Plutónio, assinado em 2000 e revisto em 2010, comprometia Moscovo e Washington a transformar 34 toneladas de plutónio proveniente da Guerra Fria em combustível para centrais nucleares, o suficiente para eliminar material capaz de produzir cerca de 17 mil ogivas.

O Kremlin já tinha suspendido unilateralmente a aplicação do tratado em 2016, durante a presidência do democrata Barack Obama, num período de crescente tensão entre os dois países.

A nova lei, aprovada este mês pelo Parlamento russo e hoje promulgada, formaliza a denúncia definitiva do acordo.

As autoridades norte-americanas consideravam o pacto um dos pilares da cooperação nuclear entre Moscovo e Washington após o fim da Guerra Fria.

O seu término é visto como mais um sinal do colapso das estruturas de controlo de armamento entre as duas potências.

Desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, os líderes ocidentais têm acusado Moscovo de usar a retórica nuclear como forma de intimidação.

Poucos dias após o início da ofensiva, Putin colocou as forças nucleares russas em alerta máximo e, em 2024, reduziu o limiar para o uso dessas armas.

No domingo, o Presidente russo anunciou o sucesso do teste final do míssil de cruzeiro nuclear Burevestnik, de longo alcance, alimentando receios de uma nova corrida armamentista.

Entretanto, as conversações de paz entre Moscovo e Kiev permanecem bloqueadas, apesar das tentativas de mediação do Presidente norte-americano, Donald Trump, que tinha prometido encerrar rapidamente o conflito.

Na terça-feira passada, Trump adiou indefinidamente o encontro planeado com Putin em Budapeste, afirmando que não queria “negociações inconsequentes”.

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