O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que a Rússia testou com sucesso um novo míssil com capacidade nuclear, que diz ser “invencível” e que vai começar a usá-lo no terreno. Durante o teste, que ocorreu no dia 21 de outubro, o projétil esteve no ar 15 horas e percorreu 14 mil quilómetros, revelou o o chefe do Estado-maior das Forças Armadas russas, o general Valery Gerasimov, acrescentando que esse não é o limite desta arma. A Rússia alega que o 9M730 Burevestnik (o nome de uma ave marinha, o petrel-da- tempestade), que anunciou em 2018 e é conhecido na terminologia da NATO como SSC-X-9 Skyfall, é “invencível” às defesas antimíssil atuais e futuras, com um alcance quase ilimitado e uma trajetória de voo imprevisível. “É um equipamento único que mais ninguém no mundo possui”, disse Putin, numa reunião com generais que supervisionam a guerra na Ucrânia. O presidente russo, que usou um uniforme camuflado durante o encontro, lembrou que no passado os especialistas diziam que um míssil assim era quase impossível. De facto, dos 13 testes que já terão acontecido desde 2016, só dois tiveram algum sucesso, sendo que num caso houve um acidente que causou várias mortes. Mas os problemas parecem ter sido ultrapassados, com Putin a dar ordens para que possa ser destacado. Um recado para o Ocidente e para o presidente dos EUA, Donald Trump, de que a Rússia nunca vai ceder à pressão de qualquer potência estrangeira. Washington anunciou, na quarta-feira, novas sanções contra duas petrolíferas russas, com Trump a querer pressionar Putin para um acordo na Ucrânia. Isto depois de terem sido cancelados planos para um encontro entre os dois presidentes, na Hungria. “Temos de saber que vamos fazer um acordo. Não vou perder o meu tempo”, disse Trump aos jornalistas, no sábado.Na quinta-feira, Putin avisou que se a Rússia for atacada, a resposta será “muito séria, se não mesmo avassaladora”. Isto depois de o The Wall Street Journal ter anunciado que Trump tinha levantado as restrições ao uso de armas de longo alcance por parte de Kiev - apesar de continuar sem fornecer os Tomahawks que os ucranianos queriam. No terreno, o ataque russo durante a noite deste sábado para domingo (de 25 para 26 de outubro) atingiu dois edifícios residenciais em Kiev, causando a morte a pelo menos três pessoas, com outras 29 a ficarem feridas (incluindo seis crianças). De acordo com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, os russos usaram mais de cem drones neste ataque. .Rússia adverte Trump que encontra sempre forma de se adaptar às sanções.Putin classifica sanções dos EUA como "graves" e um "ato hostil" mas está disponível para diálogo