A presidência francesa anunciou este domingo, 12 de outubro, o segundo governo de França liderado por Sébastien Lecornu, que inclui ministros que já integravam o primeiro executivo, apresentado há uma semana e que durou apenas 14 horas.De acordo com a agência espanhola EFE, entre os novos ministros destaca-se o chefe da polícia de Paris, Laurent Nuñez, nomeado para a pasta da Administração Interna.Entre os repetentes no executivo estão o ministro da Economia, Roland Lescure, o dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noël Barrot, e a até agora ministra do Trabalho, Catherine Vautrin, que transita para a pasta da Defesa.O presidente francês, Emmanuel Macron, reconduziu Sébastien Lecornu no cargo de primeiro-ministro, na sexta-feira à noite, quatro dias após este ter apresentado a sua demissão ao fim de um mês no cargo.Rivais de todo o espetro político, da extrema-direita à extrema-esquerda, criticaram a decisão de Macron de reconduzir Lecornu, o quarto primeiro-ministro de França em menos de um ano, numa altura em que o país enfrenta desafios económicos crescentes e um forte aumento da dívida, e a crise política agrava as dificuldades, gerando preocupação na União Europeia.Lecornu continuou hoje as negociações para formar governo, sem o seu principal aliado de direita, com o objetivo de, pelo menos, apresentar um projeto de orçamento dentro do prazo estipulado.França ainda não tem um orçamento para 2026. De acordo com a Constituição, o parlamento deve dispor de pelo menos 70 dias para examinar um projeto de orçamento antes de 31 de dezembro. Assim sendo, Lecornu tem até segunda ou terça-feira para apresentar um documento.Vários meios de comunicação social franceses noticiaram que não haverá reunião do Conselho de Ministros na segunda-feira, razão pela qual não será possível aprovar o projeto de orçamento para 2026 e a Assembleia Nacional (parlamento) poderá não ter margem legal suficiente para o debater e aprovar antes de 31 de dezembro.O líder do Partido Socialista francês, Olivier Faure, assegurou entretanto que “não há acordo” com o primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, para apoiar o Governo ou os seus orçamentos, algo que agrava a crise política em França.Lecornu anuncia "governo de missão"Sébastien Lecornu apresentou a composição de um novo governo “de missão”, para apresentar um orçamento “antes do final do ano”, referiu o próprio.“Só uma coisa importa: o interesse do país”, lê-se numa publicação partilhada na conta oficial de Lecornu na rede social X.Na mensagem, na qual agradece “às mulheres e aos homens que se comprometem com este governo em total liberdade, acima dos interesses pessoais e partidários”, Sébastien Lecornu refere que foi nomeado “um governo de missão para apresentar um orçamento a França antes do final do ano”.Extrema-direita francesa avança com moção de censuraA União Nacional vai apresentar esta segunda-feira, 13 de outubro, uma moção de censura ao Governo de Sébastian Lecornu, anunciou a líder histórica do partido de extrema-direita francês, Marine Le Pen.“Amanhã [segunda-feira] apresentaremos uma moção de censura contra o governo. O Presidente da República deve anunciar o mais rapidamente possível a dissolução da Assembleia Nacional (parlamento) para permitir que o povo francês se expresse e escolha uma nova maioria de rutura, que, sem dúvida, será liderada por Jordan Bardella [presidente da União Nacional]”, lê-se numa publicação de Marine Le Pen na sua conta oficial na rede social X, partilhada pelas 22h20 de hoje, hora de Lisboa.O França Insubmissa, principal partido de esquerda em França, não revelou se votará a favor dessa moção, mas anunciou há uns dias que irá apresentar também uma, o mais brevemente possível.“Dou um conselho aos recém-chegados: não se instalem tão depressa. A moção de censura está a caminho e depois será Macron a sair”, afirmou a líder parlamentar da França Insubmissa, Mathilde Panot, citada pela agência espanhola EFE.O Partido Socialista, fundamental para que uma moção vingue ou para que o governo de Lecornu se mantenha, não deu indícios do que fará, embora o seu líder, Olivier Faure, tenha dado sinais de descontentamento após o anúncio da formação do novo executivo, com uma breve mensagem em inglês: “No comment” (sem comentário, em português).O segundo governo de França liderado por Sébastien Lecornu, que inclui ministros que já integravam o primeiro executivo, apresentado há uma semana e que durou apenas 14 horas, foi hoje anunciado pela presidência francesa.Entre os novos ministros destaca-se o chefe da polícia de Paris, Laurent Nuñez, nomeado para a pasta da Administração Interna.Entre os repetentes no executivo estão o ministro da Economia, Roland Lescure, o dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noël Barrot, e a até agora ministra do Trabalho, Catherine Vautrin, que transita para a pasta da Defesa.O Presidente francês, Emmanuel Macron, reconduziu Sébastien Lecornu no cargo de primeiro-ministro, na sexta-feira à noite, quatro dias após este ter apresentado a sua demissão ao fim de um mês no cargo.Rivais de todo o espetro político, da extrema-direita à extrema-esquerda, criticaram a decisão de Macron de reconduzir Lecornu, o quarto primeiro-ministro de França em menos de um ano, numa altura em que o país enfrenta desafios económicos crescentes e um forte aumento da dívida, e a crise política agrava as dificuldades, gerando preocupação na União Europeia.França ainda não tem um orçamento para 2026. De acordo com a Constituição, o parlamento deve dispor de pelo menos 70 dias para examinar um projeto de orçamento antes de 31 de dezembro. Assim sendo, Lecornu tem até segunda ou terça-feira para apresentar um documento.Vários meios de comunicação social franceses noticiaram que não haverá reunião do Conselho de Ministros na segunda-feira, razão pela qual não será possível aprovar o projeto de orçamento para 2026 e a Assembleia Nacional (parlamento) poderá não ter margem legal suficiente para o debater e aprovar antes de 31 de dezembro.Sébastien Lecornu referiu hoje que tem um novo Governo “de missão”, para apresentar um orçamento “antes do final do ano”..Lecornu pede fim do "espectáculo ridículo" e desafia os partidos políticos a ultrapassarem as diferenças .Emmanuel Macron reconduz Sébastien Lecornu como primeiro-ministro francês