Novos ataques israelitas matam pelo menos 44 na Faixa de Gaza
EPA/MOHAMMED SABER

Novos ataques israelitas matam pelo menos 44 na Faixa de Gaza

Netanyahu prometeu que Israel vai tomar o controlo de “todo o território” da Faixa de Gaza, depois de ter anunciado que o exército ia entrar no enclave “com toda a força" para "derrotar” o Hamas.
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O último balanço sobre os ataques israelitas na madrugada desta terça-feira contra Gaza indica a morte de 44 pessoas, de acordo com a Defesa Civil, organismo controlado pelo Hamas.

O primeiro balanço provisório do mesmo organismo indicava a morte de 38 pessoas.

De acordo com o porta-voz desta organização de primeiros socorros, Mahmoud Baçal, as equipas da Defesa Civil transportaram até ao momento 44 mortos para os hospitais.

Segundo Bassal, oito pessoas morreram num ataque a uma escola utilizada como refúgio por deslocados na cidade de Gaza, 12 morreram num ataque contra uma casa em Deir el-Balah (centro da Faixa de Gaza), 15 pessoas morreram num bombardeamento que atingiu um posto de abastecimento de combustível junto ao campo de refugiados de Nousseirat (centro da Faixa de Gaza) e nove morreram num ataque a uma casa de Jabalia (norte da Faixa de Gaza).

O Exército israelita ainda não fez qualquer comentário sobre os últimos ataques efetuados contra o enclave palestiniano durante a madrugada.

Israel intensificou a ofensiva militar, matando pelo menos 84 palestinianos na segunda-feira e 136 no domingo, em ataques contra residentes da Faixa de Gaza.

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Netanyahu diz que Israel irá controlar toda a Faixa de Gaza. Novos ataques israelitas fazem 22 mortos

Na segunda-feira, o exército israelita ordenou a evacuação de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, e bombardeou o depósito de mantimentos do Hospital Nasser, um dos poucos hospitais ainda parcialmente operacionais.

O número de mortos desde que Israel iniciou a guerra em Gaza, em outubro de 2023, sem incluir as mortes de hoje, atingiu 53.475, e quase 121.400 ficaram feridos, muitos com amputações e ferimentos com risco de vida.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu na segunda-feira que Israel vai tomar o controlo de “todo o território” da Faixa de Gaza.

Netanyahu já tinha anunciado há uma semana que o exército ia entrar em Gaza “com toda a força para completar a operação e derrotar” o Hamas.

A guerra eclodiu em Gaza após um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Netanyahu anunciou, também na segunda-feira, que ia permitir o acesso à Faixa de Gaza de camiões de transporte de comida para bebés.

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“Uma gota num oceano.” Ajuda volta a entrar na Faixa de Gaza

Nove veículos da ONU receberam autorização, anunciou o chefe humanitário das Nações Unidas, Tom Fletcher, considerando que se trata de uma "gota de água no oceano" após 11 semanas de bloqueio.

Horas depois, 22 países, incluindo Portugal, França, Alemanha e Reino Unido, exigiram que Israel "retome imediatamente a ajuda total à Faixa de Gaza" e que esta seja conduzida pela ONU e por organizações não-governamentais.

A ONU e as organizações humanitárias "não podem apoiar" o novo modelo de entrega de ajuda ao território palestiniano decidido pelo Governo israelita, defenderam as diplomacias dos 22 países na declaração conjunta divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão.

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