Terreno do Nova Music Festival é agora um memorial às vítimas do 7 de Outubro.
Terreno do Nova Music Festival é agora um memorial às vítimas do 7 de Outubro.

No segundo aniversário do ataque do Hamas a Israel, líderes mundiais lembram o "horror" e apelam à paz

Cerca de 1200 pessoas morreram no ataque de 7 de outubro de 2023, tendo outras 251 sido feitas reféns. Destas, 48 ainda estão na Faixa de Gaza.
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O segundo aniversário dos ataques do 7 de outubro de 2023 contra Israel está a ser lembrado por vários líderes mundiais, que dizem não esquecer o "horror" daquele dia e apelam à paz.

Terreno do Nova Music Festival é agora um memorial às vítimas do 7 de Outubro.
Hamas lembra "dia glorioso" no segundo aniversário dos ataques do 7 de Outubro

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas: "Há dois anos, o Hamas e outros grupos armados palestinianos lançaram um abominável ataque terrorista de grande escala contra Israel. Neste dia, lembremo-nos de todos aqueles que foram mortos e sofreram uma violência terrível. O horror desse dia negro ficará para sempre gravado na memória de todos nós."

"Dois anos depois, os reféns continuam presos em Gaza em condições deploráveis. Já o disse inúmeras vezes e repito-o hoje com ainda mais urgência: Libertem os reféns, incondicional e imediatamente. Acabem com o sofrimento de todos. Esta é uma catástrofe humanitária a uma escala que desafia a compreensão. Acabem já com as hostilidades em Gaza, em Israel e na região. Parem de fazer os civis pagar com as suas vidas e os seus futuros. Após dois anos de trauma, devemos escolher a esperança. Agora."

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia: "Jamais esqueceremos o horror dos ataques do Hamas no dia 7 de Outubro e a dor que causaram às vítimas inocentes, às suas famílias e a todo o povo de Israel, há dois anos. Honramos a sua memória trabalhando incansavelmente pela paz. A libertação imediata de todos os reféns e um cessar-fogo estão agora ao nosso alcance. Esta oportunidade não deve ser perdida."

"Apelamos a todas as partes para que se envolvam construtivamente nas negociações em Sharm el-Sheikh, no contexto do plano apresentado pelo presidente dos EUA. Este momento deve ser aproveitado para abrir caminho a uma paz duradoura na região, com base na solução de dois Estados."

Uma mensagem repetida pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa.

Kaja Kallas, chefe da diplomacia europeia: "Hoje, recordamos as vítimas dos hediondos ataques do Hamas, a 7 de outubro de 2023. As perspetivas de paz são hoje mais realistas do que nunca. Esta guerra pode acabar. Com todos os reféns libertados. E uma hipótese para o sofrimento acabar."

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assinalou a data com uma nota no site da presidência, onde "renova o apelo ao regresso imediato e incondicional dos reféns às suas famílias. Recorda, com pesar, todas as vítimas do ataque, entre as quais se encontravam cidadãos portugueses."

"Na perspetiva da abertura de uma nova janela de oportunidade visando o estabelecimento de um cessar-fogo imediato e sustentável em Gaza, na sequência da proposta do Presidente Trump, com o fim da destruição e das mortes de civis e a distribuição urgente de ajuda humanitária que salva vidas, o Presidente da República apela à conclusão efetiva de negociações que possam conduzir a uma paz justa e duradoura assente na solução de dois Estados, Israel e Palestina, ambos reconhecidos por Portugal", diz a nota.

Emmanuel Macron, presidente de França: "7 de Outubro. Dois anos após o horror indizível do terrorismo do Hamas, a dor continua profunda. Não esquecemos. Estamos solidários com todas as vítimas, incluindo 51 dos nossos concidadãos. Pensamos também nos 48 reféns ainda detidos pelo Hamas. Trabalhamos incansavelmente pela sua libertação. Reitero o apelo da França: a libertação de todos os reféns e um cessar-fogo devem ocorrer sem demora. Partilhamos a dor das famílias enlutadas e a angústia daqueles que ainda aguardam. Tal abominação nunca mais deverá acontecer. Unamos todas as nossas forças para combater o antissemitismo em todo o lado e construir a paz."

Friedrich Merz, chanceler alemão: "O anti-semitismo na Alemanha é vergonhoso. Agora e sempre. Vamos apoiar o povo judeu do nosso país — hoje, no marco de dois anos do brutal ataque do Hamas a Israel, e em todos os outros dias."

Keir Starmer, primeiro-ministro britânico: "Hoje completamos dois anos desde os terríveis ataques a Israel por parte dos terroristas do Hamas, a 7 de outubro de 2023. O tempo não diminui o mal que vimos nesse dia. O pior ataque ao povo judeu desde o Holocausto. A tortura brutal e a sangue frio e o assassinato de judeus nas suas próprias casas. E a tomada de reféns, incluindo cidadãos britânicos, alguns dos quais permanecem em Gaza até hoje."

"A nossa prioridade no Médio Oriente continua a ser a mesma: libertar os reféns. Intensifique a ajuda humanitária em Gaza. E um cessar-fogo que possa conduzir a uma paz duradoura e justa, como um passo em direcção a uma solução de dois Estados. Um Israel seguro e protegido, juntamente com um Estado palestiniano viável. Saudamos a iniciativa dos EUA em prol da paz no Médio Oriente, e este governo fará tudo o que estiver ao nosso alcance para concretizar o dia em que cada criança de Israel possa viver em paz, ao lado dos seus vizinhos palestinianos, em segurança e proteção."

Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol: "Hoje assinalam-se dois anos desde os horríveis ataques perpetrados pelo Hamas. É um dia para reiterar a nossa veemente condenação do terrorismo em todas as suas formas. Para exigir a libertação imediata dos reféns israelitas. E para exigir que Netanyahu ponha fim ao genocídio do povo palestiniano e abra um corredor humanitário. O diálogo e a consolidação dos dois Estados são a única solução possível para pôr fim ao conflito e alcançar um futuro pacífico."

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