O secretário-geral da NATO desvalorizou esta quarta-feira, 3 de dezembro, a ameaça feita pelo presidente russo de que estava pronto para uma guerra com os países europeus, insistindo na necessidade de continuar a pressionar Moscovo enquanto prosseguem as negociações de paz.“Não vou reagir a tudo o que o presidente russo [Vladimir Putin] diz”, respondeu Mark Rutte, à entrada para uma reunião ministerial no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas (Bélgica).O secretário-geral da NATO recordou que no passado o presidente da Federação Russa fez comentários semelhantes e pediu que as atenções se concentrassem em deixar a Ucrânia na “posição mais forte possível” enquanto estão a prosseguir as negociações para alcançar um cessar-fogo.Mark Rutte considerou que “só os Estados Unidos da América” poderiam ter negociado a paz entre a Ucrânia e a Rússia e voltou a saudar os esforços do presidente, Donald Trump.“A última noite foi importante, mas haverá mais momento importantes”, comentou, recusando comentar todas as reuniões entre autoridades de Washington com o Kremlin e com o Governo ucraniano.No entanto, “se não houver resultados” destas negociações, o secretário-geral da NATO disse que é preciso “continuar a colocar pressão” na Rússia para que o conflito acabe, de uma maneira ou de outra.Na terça-feira, Vladimir Putin advertiu que a Rússia está preparada para travar uma guerra com a Europa se for essa a pretensão dos europeus, embora não a deseje.“Não temos a intenção de fazer guerra à Europa, mas se a Europa o desejar e começar, estamos prontos imediatamente”, afirmou Putin aos jornalistas, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).Putin, que fez o aviso pouco antes de receber o emissário norte-americano Steve Witkoff, acusou os europeus de quererem impedir os esforços dos Estados Unidos que visam pôr fim à guerra na Ucrânia.“Eles não têm um programa de paz, estão do lado da guerra”, disse o líder russo..Putin ameaça guerra contra a Europa antes de reunião sobre a paz na Ucrânia."Não estamos mais perto de resolver a crise na Ucrânia e há muito a fazer", diz conselheiro do Kremlin