Músico que criticou a guerra na Ucrânia morre em São Petersburgo após cair de um 10º andar. Rússia fala em suicídio
O músico e compositor Vadim Stroykin, que se manifestou contra a guerra na Ucrânia, morreu na quarta-feira após ter caído de um 10º andar de um apartamento em São Petersburgo.
De acordo com a imprensa russa, estavam a ser realizadas buscas no apartamento de Stroykin quando o músico, de 58 anos, se terá atirado da janela. Estava a ser acusado de "crimes de extremismo" e tinha alegadamente enviado dinheiro para as forças armadas ucranianas.
"Abriu a janela à pressa e cometeu o ato irreversível", referiu uma fonte próxima da investigação à morte do músico em declarações à agência de notícias russa RIA. As autoridades de Moscovo falam em suicídio.
"A polícia dirigiu-se" ao músico, "pelo que entendi, para fazer uma busca como parte de um caso criminal", no qual é acusado de "extremismo". "Durante as atividades operacionais, Stroykin foi até a cozinha" e terá cometido suicídio, disse fonte dos serviços de emergência à agência de notícias. O músico foi encontrado morto na rua Parfenovskaya, em São Petersburgo.
Em várias mensagens publicadas nas redes sociais, Stroykin manifestou-se contra a guerra na Ucrânia tendo chamado Vladimir Putin de "filho da .... que foi à guerra não apenas contra uma nação irmã, mas declarou guerra ao seu próprio povo".
As autoridades russas abriram uma investigação à morte do músico.
Stroykin nasceu em Ecaterimburgo, na região dos Montes Urais, tendo-se mudado para São Petersburgo. Formou-se na Escola Britânica de Jornalismo, teve um programa de rádio e, atualmente, dava aulas de guitarra, de acordo com a imprensa russa.