Marcelo e outros líderes europeus assinalam o 80.º aniversário da libertação de Auschwitz
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Marcelo e outros líderes europeus assinalam o 80.º aniversário da libertação de Auschwitz

Presidente português considera que "é nossa obrigação permanente e coletiva recordar as vítimas do antissemitismo e de outras formas de ódio e discriminação, para que atos abomináveis como os perpetrados pelo regime nazi durante a Segunda Guerra não voltem a repetir-se".
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O Presidente da República assinalou esta segunda-feira o 80.º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz, construído pelos nazis durante a II Guerra Mundial na Polónia, "prestando uma sentida homenagem a todas as vítimas da barbárie nazi".

Numa mensagem partilhada no site da presidência, Marcelo Rebelo de Sousa recorda que "o campo de concentração e exterminação de Auschwitz foi libertado há 80 anos, revelando a escala das atrocidades cometidas pelo regime nazi naquele e noutros locais, que chocaram para sempre o mundo inteiro".

O Presidente "reitera o imperativo da preservação da memória das vítimas do Holocausto, bem como da promoção da tolerância e da luta contra o ódio e a segregação".

"Num mundo crescentemente polarizado, é nossa obrigação permanente e coletiva recordar as vítimas do antissemitismo e de outras formas de ódio e discriminação, para que atos abomináveis como os perpetrados pelo regime nazi durante a Segunda Guerra não voltem a repetir-se", remata a nota divulgada pela Presidência.

Marcelo e outros líderes europeus assinalam o 80.º aniversário da libertação de Auschwitz
Aumento do antissemitismo marca 80 anos da libertação de Auschwitz

Vários líderes europeus estão a assinalar esta segunda-feira os 80 anos da libertação do campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau e a apelar para que a memória do Holocausto não desapareça.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, manifestou a sua solidariedade com as vítimas dos campos de concentração e de extermínio da Alemanha nazi.

"Filhos, filhas, mães, pais, amigos, vizinhos, avós: mais de um milhão de indivíduos com esperanças e sonhos foram assassinados por alemães em campos de extermínio. Lamentamos as suas mortes. E expressamos as nossas mais profundas condolências", escreveu Scholz na rede social X.

"Nunca os esqueceremos, nem hoje, nem amanhã", disse o primeiro-ministro alemão, referindo-se às vítimas dos campos de concentração e de extermínio nazis durante a II Guerra Mundial.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, cujo país luta contra a invasão russa há três anos, apelou ao mundo que "impeça que o mal vença".

"A memória do Holocausto está gradualmente a desaparecer. Não devemos permitir o seu esquecimento", disse Zelensky, ele próprio de origem judaica.

"A missão de todos é fazer tudo o que for possível para impedir que o mal vença", acrescentou, numa clara referência à Rússia.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu que o seu país "não cederá perante o antissemitismo em todas as suas formas".

"O universalismo da França é alimentado por estas lutas (...)", escreveu no livro de visitas do Memorial da Shoah, na manhã de hoje, em Paris.

O Presidente da Polónia, Andrzej Duda, disse que "os polacos são os guardiões da memória" das vítimas dos nazis nos campos de Auschwitz-Birkenau, que foi libertado pelo exército soviético há 80 anos.

Estima-se que 1,1 milhões de pessoas tenham perdido a vida em Auschwitz, a maioria das quais judeus. No total, estima-se que cerca de seis milhões de judeus foram mortos durante a II Guerra Mundial pelos nazis.

Cerca de 60 líderes mundiais participam hoje nos eventos que assinalam o 80.º aniversário da libertação de Auschwitz-Birkenau.

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