A França vai reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, em setembro, anunciou o Presidente Emmanuel Macron esta quinta-feira, 24 de julho."Fiel ao seu compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Médio Oriente, decidi que a França reconhecerá o Estado da Palestina. Farei o anúncio formal na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro próximo", escreveu o chefe de Estado francês no X..Em reação, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que a decisão francesa de reconhecer o Estado da Palestina "arrisca-se a criar mais um agente iraniano, tal como Gaza", que lute pela "aniquilação" de Israel."Condenamos veementemente a decisão do Presidente [Emmanuel] Macron de reconhecer um Estado palestiniano próximo de Telavive após o massacre de 07 de outubro", afirmou Netanyahu na rede social X, em referência ao ataque de 2023 em território israelita perpetrado pelo movimento islamita palestiano apoiado pelo Irão."Tal medida premeia o terror e corre o risco de criar mais um agente iraniano, tal como Gaza se tornou", adiantou o primeiro-ministro israelita."Um Estado palestiniano nestas condições seria uma rampa de lançamento para aniquilar Israel — não para viver em paz ao seu lado. Sejamos claros: os palestinianos não procuram um Estado ao lado de Israel; procuram um Estado em vez de Israel", sublinhou o líder conservador.. Também o vice-primeiro-ministro israelita, Yariv Levin, considerou a decisão francesa uma "instigação direta ao terrorismo".Levin, que é também ministro da Justiça, afirmou que a "decisão vergonhosa" anunciada pelo Presidente Emmanuel Macron é "uma mancha negra na história francesa e uma instigação direta ao terrorismo" e significa que agora é "tempo de aplicar a soberania israelita" na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.Já o vice-presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Hussein al-Sheikh, saudou a intenção da França de reconhecer o Estado da Palestina, agradecendo ao presidente Emmanuel Macron. "Esta posição reflete o compromisso da França com o direito internacional e o seu apoio aos direitos do povo palestiniano à autodeterminação e ao estabelecimento do nosso Estado independente", disse..Parlamento português rejeita reconhecimento do Estado da Palestina.Bruxelas pressionada por vários países para agir contra Israel