O Presidente chinês, Xi Jinping, encorajou esta sexta-feira, 8 de agosto, ao telefone o homólogo russo, Vladimir Putin, a melhorar as relações com Washington para solucionar a crise na Ucrânia, noticiou a televisão estatal chinesa CCTV.“A China gostaria que a Rússia e os Estados Unidos mantivessem contactos, melhorassem as relações e promovessem uma solução política para a crise na Ucrânia”, disse Xi a Putin, segundo a CCTV, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).A televisão chinesa referiu que a conversa telefónica partiu da iniciativa de Putin, segundo a agência russa Ria Novosti.As agências russas noticiaram o contacto telefónico entre os dois líderes, mas sem qualquer informação por parte de Moscovo, usando como fonte a CCTV..Encontro de Trump com Putin: Ocidente cético, Moscovo clama vitória . “Os líderes dos dois países apreciaram muito o elevado nível de confiança política e de cooperação estratégica entre a China e a Rússia”, escreveu a agência TASS.Xi e Putin concordaram “em fazer avançar conjuntamente as relações entre os dois países para um maior desenvolvimento”, acrescentou, citando a CCTV.Em relação à Ucrânia, Xi afirmou que não existem soluções simples para questões complexas e que a China continuará a promover a paz e as negociações, de acordo com a mesma fonte citada pela Ria Novosti.Putin também manteve esta sexta-feira conversações telefónicas com os presidentes do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, e do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev, com quem falou sobre a reunião com o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, acrescentou a Ria Novosti..Putin e Trump vão reunir-se "nos próximos dias". Emirados Árabes Unidos é um dos "locais adequados". Após a reunião com Witkoff na quarta-feira, a Rússia anunciou que Moscovo e Washington tinham concordado na realização de um encontro nos próximos dias entre Putin e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.Putin admitiu mais tarde que a reunião poderá realizar-se nos Emirados Árabes Unidos.A audiência a Witkoff ocorreu dois dias antes de terminar um ultimato que Trump tinha dado a Putin para suspender os ataques contra a Ucrânia, sob pena de enfrentar sanções duras dos Estados Unidos.A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, mergulhando a Europa naquela que é considerada a mais grave crise de segurança desde a II Guerra Mundial (1939-1945).O conflito causou dezenas de milhares de mortos, segundo várias fontes, mas o número exato de vítimas é desconhecido.