O grupo islamita Hamas lamentou este domingo, dia 28 de setembro, não ter recebido qualquer nova proposta de mediadores para tréguas em Gaza, depois da suspensão das negociações no início do mês, e afirmou-se disposto a considerar uma eventual oferta.As negociações para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas em Gaza foram suspensas depois de um ataque de Israel aos líderes do grupo islamita, realizado no início deste mês no Qatar, quando decorriam conversações.O ataque provocou, segundo o Hamas, a morte de cinco membros do movimento islamita palestiniano - nenhum dos quais eram responsável da delegação de negociações -, tendo sido criticado por vários Estados.Este domingo, 28,, o Hamas admitiu estar disposto a considerar qualquer nova proposta “de forma positiva e responsável”, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter apresentado um plano de 21 pontos para pôr fim à guerra Gaza numa reunião com representantes de países árabes realizada em Nova Iorque.Antes do ataque do início do mês, Israel tinha anunciado que aceitaria a proposta do Presidente norte-americano para um cessar-fogo em Gaza desde que isso implicasse a deposição de armas pelo Hamas e libertação de todos os reféns na Faixa de Gaza.A proposta envolvia — de acordo com fugas de informação para os meios de comunicação israelitas — a libertação dos 48 reféns, vivos e mortos no primeiro dia do cessar-fogo.A entrega dos reféns seria feita em troca de prisioneiros e detidos palestinianos, e do início, nesse dia, de negociações para pôr fim definitivo à guerra, sob a supervisão de Donald Trump.O Governo de Israel lançou a ofensiva contra Gaza a 7 de outubro de 2023, após ataques do movimento islamita palestiniano em território israelita, nos quais 1.200 pessoas morreram e 251 foram feitas reféns.Em retaliação, o Governo israelita lançou uma ofensiva que já provocou a morte de mais de 66 mil palestinianos, segundo avançou hoje o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, mas cujos dados são reconhecidos pela ONU, tendo chegado a bloquear a entrada de alimentos e outros bens essenciais no enclave.As Nações Unidas declararam no mês passado uma situação de fome em Gaza e uma comissão internacional independente de investigação da ONU acusou Israel de cometer genocídio na Faixa de Gaza desde o início da guerra com a “intenção de destruir” os palestinianos.Países como a África do Sul denunciaram esta ofensiva perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) como genocídio, denúncia feita também por organizações de defesa dos direitos humanos internacionais e israelitas. .Abbas acusa Israel de manter “guerra de genocídio” e garante que o Hamas não terá lugar em Gaza.Presidente da Autoridade Palestiniana quer que Hamas entregue armas e condena ataques de 7 outubro