Fontes palestinianas indicam que impasse sobre reféns foi ultrapassado
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Fontes palestinianas indicam que impasse sobre reféns foi ultrapassado

Impasse pode ficar desbloqueado assim que os mediadores confirmarem o acordo com Israel sobre a entrada de fornecimentos humanitários essenciais em Gaza.
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Duas fontes palestinianas próximas das conversações em curso para pôr fim à crise que ameaça a trégua entre Israel e o Hamas disseram esta quinta-feira à AFP que há progressos que podem conduzir à troca de prisioneiros no sábado.

A sexta troca de reféns está prevista para sábado, mas o Hamas anunciou o adiamento da libertação dos reféns, acusando Israel de não permitir a entrada de fornecimentos humanitários essenciais em Gaza e de atrasar as negociações para a segunda fase.

De acordo com as fontes ouvidas pela AFP - que não foram identificadas -, o impasse pode ficar desbloqueado assim que os mediadores confirmarem esta quinta-feira o acordo com Israel sobre "abrigos pré-fabricados, tendas, combustível, equipamento pesado, medicamentos, materiais para a renovação de hospitais e tudo o que se relaciona com o protocolo humanitário".

Esta quinta-feira, segundo a AFP, registaram-se progressos que podem ultrapassar o diferendo sobre a sexta troca de reféns por prisioneiros.

"Há progressos", disse uma das fontes palestinianas à AFP, indicando que os mediadores obtiveram "uma promessa israelita sobre a aplicação das disposições do protocolo humanitário" já a partir de hoje.

"O Hamas confirmou aos funcionários egípcios o compromisso [...] de efetuar a sexta troca de prisioneiros a tempo, no sábado, assim que [Israel] honrar o compromisso", disse a fonte à AFP.

Até ao momento não há qualquer confirmação oficial sobre progressos entre Israel e o Hamas em relação à troca de reféns que se encontram em Gaza por prisioneiros palestinianos em prisões israelitas.

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Na quarta-feira, o ministro da Defesa, Israel Katz, seguiu a mesma linha, ameaçando o Hamas com uma "nova guerra (...) de intensidade diferente da que antecedeu o cessar-fogo", caso o Hamas não liberte os reféns israelitas até sábado.

O acordo de cessar-fogo foi negociado pelo Qatar, o Egito e os Estados Unidos após meses de esforços sob a administração do antigo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Na primeira fase do acordo, as duas partes deveriam iniciar negociações indiretas para a segunda fase 16 dias após a entrada em vigor da primeira fase, a 19 de janeiro.

Até à data, estas negociações não tiveram início, embora se tenham registado cinco trocas de reféns e prisioneiros até ao momento, tal como acordado.

O Hamas libertou 16 reféns israelitas e Israel centenas de prisioneiros palestinianos.

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