O primeiro-ministro israelita ameaçou esta terça-feira interromper o cessar-fogo e retomar “combates intensos” na Faixa de Gaza “até o Hamas ser definitivamente derrotado” se não libertar reféns até sábado.“Se o Hamas não libertar os nossos reféns até ao meio-dia de sábado, o cessar-fogo terminará e serão retomados os combates intensos até que o Hamas seja definitivamente derrotado”, afirmou Benjamin Netanyahu em comunicado difundido depois de uma reunião de durante quatro horas com o gabinete de segurança.O líder do governo israelita não especificou e se referia a todos os reféns mantidos em cativeiro em Gaza ou apenas ao grupo que é previsto ser libertado no sábado, no âmbito da troca com os palestinianos detidos por Israel.“A decisão que foi aprovada por unanimidade no Conselho de Ministros é a seguinte: Se o Hamas não devolver os nossos reféns até ao meio-dia de sábado, o cessar-fogo terminará e o exército retomará os combates intensos até que o Hamas seja finalmente derrotado”, disse Netanyahu numa mensagem de vídeo divulgada esta terça-feira.Donald Trump já havia ameaçado, na véspera, "deixar o inferno à solta" em Gaza se os reféns não forem libertados. "No que me diz respeito, se não recuperarem todos os reféns até sábado às 12 horas, uma hora apropriada, o que eu diria é que vamos cancelar tudo. Tudo é permitido e vamos deixar o inferno à solta”, disse o presidente dos Estados Unidos a partir da Sala Oval, depois de assinar várias ordens executivas. .Trump promete "verdadeiro inferno" se Hamas não libertar reféns até sábado.Quinze meses de guerra entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza provocaram mais de 48.000 mortos e um elevado nível de destruição de infraestruturas no território controlado pelo grupo extremista palestiniano desde 2007.A ofensiva israelita foi desencadeada por um ataque do Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e o rapto de 250 pessoas que foram levadas como reféns para a Faixa de Gaza.Os combates cessaram em 19 de janeiro, véspera da posse de Trump como Presidente dos Estados Unidos, no âmbito de um acordo de cessar-fogo negociado por vários mediadores, incluindo o Qatar e o Egito.