Os serviços de Internet e telemóvel sofreram esta quinta-feira, 18 de setembro, um corte generalizado em toda a Faixa de Gaza, à medida que prosseguem os ataques do exército israelita contra o enclave palestiniano.A interrupção do serviço ocorreu com o avanço dos carros de combate israelitas na zona, um dia depois de as autoridades palestinianas terem reportado falhas na cidade de Gaza, pelo que se prevê que as operações lançadas para “tomar” a cidade se estendam a toda a Faixa.“Estamos a gritar no vazio”, lamentou um residente que tentava obter ligação telefónica, segundo o Centro de Informação da Palestina, que alerta que muitos habitantes estão sem acesso a informação sobre o que acontece a poucos metros de distância..Ministério Público espanhol vai investigar "violação de Direitos Humanos em Gaza". Organizações de defesa dos direitos humanos estimam que cerca de 800 mil palestinianos ficaram “completamente isolados” na cidade de Gaza devido ao apagão, que coincide com o avanço dos veículos militares israelitas em direção a bairros no noroeste da Faixa.O exército israelita bombardeou esta quinta-feira intensamente a cidade de Gaza, o que provocou a fuga de milhares de pessoas e deixou os hospitais à beira do colapso, segundo a ONU.Com apoio dos Estados Unidos, Israel anunciou na terça-feira o início de uma campanha terrestre e aérea em Gaza para destruir o Hamas..Líder do Hamas reaparece após ataque israelita no Qatar. O ataque de 07 de outubro de 2023 do Hamas em Israel desencadeou a guerra em curso, que causou mais de 65 mil mortos mortos, devastou o enclave palestiniano e gerou uma crise humanitária.Os cerca de dois milhões de palestinianos no território sitiado por Israel já foram deslocados várias vezes desde então.A estrada costeira que atravessa Gaza ficou congestionada com milhares de pessoas a fugir para o sul, a pé, de carro ou em carroças puxadas por burros, com os pertences empilhados à pressa, relataram jornalistas da agência France-Presse (AFP) no local..UE quer atingir Israel com tarifas, mas nem todos os 27 concordam . O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que “a incursão militar e as ordens de evacuação no norte de Gaza provocam novas vagas de deslocamentos”. A situação forçou “famílias traumatizadas a concentrar-se numa área cada vez mais reduzida, incompatível com a dignidade humana”, denunciou.A ONU calculava no fim de agosto que cerca de um milhão de pessoas viviam na cidade de Gaza e arredores, enquanto o exército israelita disse que “mais de 350 mil” já fugiram da zona..UE quer repor tarifas às importações de Israel e sancionar dois ministros extremistas israelitas e o Hamas. O exército de Israel disse na quarta-feira que atingiu “um depósito de armas do Hamas destinado a atacar tropas israelitas” e que bombardeou mais de 150 alvos em Gaza desde o início da ofensiva terrestre. A operação foi condenada internacionalmente e também em Israel, onde cresce a preocupação com os reféns ainda retidos em Gaza.O ataque de 07 de outubro do Hamas deixou cerca de 1.200 mortos em Israel, na maioria civis. Das 251 pessoas sequestradas nesse dia, 47 continuam em Gaza, das quais 25 foram declaradas mortas pelo exército israelita.Os bombardeamentos e ataques israelitas já causaram 65.150 mortos em Gaza, em grande parte civis, segundo o ministério da Saúde do território, sob autoridade do Hamas, cujos dados são considerados fiáveis pela ONU..Forças israelitas bombardearam hospital pediátrico no norte de Gaza