Caça ao homem após assassinato de congressista democrata. Suspeito disse que podia morrer em breve
As autoridades norte-americanas continuam numa verdadeira caça ao homem para tentar encontrar o suspeito de ter assassinado, no sábado, 14 de junho, a ex-porta-voz da Câmara dos Representantes do Minnesota, a democrata Melissa Hortman, e o marido, Mark Hortman, em casa, em Brooklyn Park. O alegado autor do crime foi identificado como Vance Boelter, de 57 anos.
O FBI oferece uma recompensa de até 50 mil dólares por informações que levem à detenção e condenação de Vance Boelter, tendo partilhado uma fotografia tirada no sábado em que o suspeito usa um chapéu de cowboy bege e pedido ao público que relate qualquer avistamento. Centenas de polícias espalharam-se em busca do suspeito, que também será responsável pelo ataque a tiro, também no sábado, ao senador John Hoffman, também democrata, e à mulher, Yvette, em casa, em Champlin, a cerca de 15 quilómetros de distância da residência dos Hortman.
Vance Boelter fez parte do mesmo conselho estadual de desenvolvimento da força de trabalho que Hoffman, segundo a AP. No entanto, não é claro se eles se conheciam.
De acordo com as autoridades, o suspeito tinha no carro várias armas de fogo e panfletos com as palavras "No Kings" – o que levou a receios de que pudessem acontecer ataques nas manifestações de sábado - e textos que mencionavam os nomes das vítimas, bem como de outros políticos e autoridades. Desconhece-se, contudo, se Boelter estaria a planear mais ataques, mas admite-se que ainda esteja armado.
O homem partilhava a casa há pouco mais de um ano com David Carlson, seu amigo de infância, o qual disse à Reuters que se sente traído perante tudo o que está a acontecer. David contou que viu Boelter pela última vez na sexta-feira à noite e que recebeu uma mensagem dele no sábado de manhã: “Ele disse que podia morrer em breve”, contou, explicando que alertou as autoridades.
Este amigo disse ainda à Reuters que Boelter votou em Donald Trump, era cristão e contra o aborto.
Segundo a Reuters, o suspeito escreveu no Linkedln há cerca de um mês que estava à procura de emprego, na indústria alimentar. Nas redes sociais, além de ex-funcionário de empresas de serviços alimentares, dizia ser especialista em segurança com experiência no Médio Oriente e em África. Ele e a mulher geriam uma organização ministerial cristã chamada Revoformation.
As auoriddaes ainda estão a investigar as motivações de Boelter, mas o governador de Minnesota, Tim Walz, afirmou no sábado que Melissa Hortman e o marido foram mortos num assassinato com motivação política.
"Devemos todos, em Minnesota e em todo o país, opor-nos a todas as formas de violência política", disse Walz numa conferência de imprensa, acrescentando que "os responsáveis por isto serão responsabilizados".