Casa de bombeiro atingida por ataque russo. "A sua mulher, filha e neto de um ano morreram", diz Zelensky
Três elementos de uma família, entre os quais um bebé de um ano, estão entre as cinco vítimas mortais do ataque russo da última noite contra a cidade ucraniana de Pryluky, na região de Chernihiv, disse esta quinta-feira, 5 de junho, o presidente do país, Volodymyr Zelensky.
A casa do chefe dos bombeiros locais foi atingida por um drone russo e a "sua família morreu", referiu o ministro do Interior da Ucrânia, Ihor Klymenko, na plataforma Telegram.
"Um dos socorristas chegou para tratar das consequências [do ataque] na própria casa - verificou-se que um drone Shahed tinha atingido exatamente a sua casa. Tragicamente, a sua mulher, a filha e o neto de um ano morreram", lamentou Zelensky numa publicação nas redes sociais, na qual refere que a criança "é já a 632ª" morta desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
Para o presidente ucraniano, "a Rússia está constantemente a tentar ganhar tempo para continuar" a matar. "Quando não sente uma condenação e uma pressão suficientemente fortes por parte do mundo, volta a matar", considerou.
Zelensky fez saber que, durante a noite, a "Ucrânia foi atacada por 103 drones e um míssil balístico, tendo como alvo as regiões de Donetsk, Kharkiv, Odessa, Sumy, Chernihiv, Dnipro e Kherson.
Trata-se de "mais um ataque maciço dos terroristas russos que matam o nosso povo todas as noites", afirmou o chefe de Estado, que espera "uma ação dos EUA, da Europa e de todas as pessoas do mundo que possam realmente ajudar a alterar estas terríveis circunstâncias".
"Moscovo tem de ser pressionada por todos os meios disponíveis e gradualmente privada da sua capacidade de continuar esta agressão", declarou Zelensky nas redes sociais.
Como o presidente ucraniano referiu, os ataques de Moscovo da última noite também atingiram Kharkiv, no nordeste do país. Há registo de 18 pessoas feridas, incluindo quatro crianças, disse o ministro do Interior da Ucrânia, Ihor Klymenko. "O inimigo atacou áreas residenciais com drones", declarou o governante.
"A Rússia está a atacar civis deliberadamente", acusou Klymenko. "É um crime de guerra", reforçou no Telegram.