António Costa e Ursula von der Leyen falam sobre a questão ucraniana em Luanda.
António Costa e Ursula von der Leyen falam sobre a questão ucraniana em Luanda.FOTO: AMPE ROGERIO/LUSA

António Costa anuncia "progressos significativos" nas negociações de paz na Ucrânia

O presidente do Conselho Europeu otimista depois de "progressos em diversos assuntos", que diz terem sido comunicados por ucranianos e norte-americanos.
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António Costa, presidente do Conselho Europeu, anunciou esta segunda-feira, 24 de novembro, "progressos significativos" nas negociações sobre um plano de paz para a Ucrânia e sublinhou que decisões como sanções, alargamento e congelamento de ativos têm de passar pela União Europeia.

"A reunião de ontem, [domingo] em Genebra, entre os Estados Unidos, Ucrânia, instituições da União Europeia (UE) e seus representantes, ficou marcada por progressos significativos", disse o português António Costa, em Luanda.

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"Os Estados Unidos e a Ucrânia informaram-nos que as discussões foram construtivas e que foram alcançados progressos em diversos assuntos. Saudamos este passo em frente e, apesar de alguns assuntos terem de ser resolvidos, a direção é positiva", acrescentou, após uma reunião informal do Conselho Europeu, que serviu também para reafirmar o apoio europeu à Ucrânia, face à invasão russa.

"É também claro que as questões que dizem respeito diretamente à União Europeia como sanções, alargamento ou congelamento de ativos requerem o envolvimento completo e a decisão da União Europeia", sublinhou, afirmando, no final, que a solução para o conflito não passa por um cessar-fogo temporário, mas por uma paz duradoura.

Donald Trump já tinha esta segunda-feira dado sinais de progresso com uma publicação na rede social Truth Social, lançando uma pergunta sobre as negociações de paz para a Ucrânia: "Será mesmo possível que grandes progressos estejam a ser alcançados nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia?" 

A resposta deixou antever o otimismo do presidente dos EUA: "Não acredite até ver com os seus próprios olhos, mas algo de bom pode estar quase a acontecer."

O plano de 28 pontos elaborado pelo Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, gera grande preocupação em Kiev, por incluir várias exigências russas: cedência de território, redução do exército e renúncia à adesão à NATO. Em contrapartida, prevê garantias de segurança ocidentais para evitar novos ataques.

Trump deu à Ucrânia até 27 de novembro para responder às propostas. Em caso de rejeição, o Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou continuar os avanços militares no terreno, onde as tropas russas mantêm vantagem.

Refira-se que a reunião informal do Conselho Europeu em Luanda, (na qual marcou presença o primeiro-ministro, Luís Montenegro, com alguns dos líderes europeus a participarem por videoconferência), à margem da cimeira entre a UE e a União Africana, que se realiza esta segunda e terça-feira.

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