Costa promete “posição unida” da UE para negociações de paz. Zelensky quer propostas que fortaleçam o país
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Costa promete “posição unida” da UE para negociações de paz. Zelensky quer propostas que fortaleçam o país

O presidente do Conselho Europeu e o líder ucraniano mostram sintonia quanto às negociações de paz para a Ucrânia. Isto enquanto Tump anuncia que "algo de bom está para acontecer".
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O presidente do Conselho Europeu prometeu esta segunda-feira, 24 de novembro, uma “posição unida e coordenada” da UE, numa reunião informal dos líderes dos 27 sobre o plano de paz dos Estados Unidos para a Ucrânia.

“Conversei com [o Presidente ucraniano] Volodymyr Zelensky antes da reunião informal dos líderes da UE desta manhã sobre os esforços de paz na Ucrânia, para obter a sua avaliação da situação”, escreveu António Costa na rede social X.

Antes de presidir ao encontro de alto nível informal, que decorre em Luanda à margem da cimeira UE-União Africana (UA) e também por videoconferência para os líderes que não estão presentes na capital angolana, o presidente do Conselho Europeu vincou: “Uma posição unida e coordenada da UE é fundamental para garantir um bom resultado das negociações de paz, para a Ucrânia e para a Europa”.

António Costa convidou os líderes dos 27 Estados-membros europeus para um encontro esta segunda-feira à margem da cimeira UE-UA, a decorrer em Luanda.

Zelensky: "Ucrânia vai trabalhar em propostas de paz que nos fortaleçam, e não nos enfraqueçam"

Volodymyr Zelensky afirmou que a Ucrânia continuará a trabalhar com os seus parceiros em compromissos sobre as propostas feitas pelos EUA para a fortalecer, e não a enfraquecer.

Numa intervenção por videoconferência numa cimeira da Plataforma da Crimeia na Suécia, o presidente ucraniano diz que a Rússia deve pagar a guerra na Ucrânia, vincando que uma decisão sobre a utilização dos seus bens congelados é crucial para quaisquer propostas de paz.

O presidente do parlamento ucraniano, Ruslan Stefanchuk, que também participa na cimeira, afirmou que os planos do país para a adesão à UE e à NATO devem fazer parte das suas garantias de segurança e de qualquer plano de paz.

As linhas vermelhas da Ucrânia para as conversações de paz incluem o não reconhecimento formal dos territórios ucranianos ocupados, a ausência de limites para as suas forças de defesa e a ausência de restrições às suas futuras alianças, frisou Stefanchuk.

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No entanto, oferece a Kiev garantias de segurança do Ocidente para evitar quaisquer novos ataques russos.

Donald Trump deu à Ucrânia até 27 de novembro para responder às soluções propostas pelos norte-americanos.

Em caso de rejeição por parte da Ucrânia, Putin ameaçou continuar os ganhos territoriais na frente de batalha, onde as tropas russas detêm a vantagem.

Perante esta dupla pressão dos Estados Unidos e da Rússia, Zelensky iniciou também consultas com os principais aliados na Europa.

"Algo de bom pode estar a acontecer", anuncia Trump

Donald Trump publicou na rede social Truth Social uma pergunta sobre as negociações de paz para a Ucrânia: "Será mesmo possível que grandes progressos estejam a ser alcançados nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia?" 

A resposta deixou antever o otimismo do presidente dos EUA: "Não acredite até ver com os seus próprios olhos, mas algo de bom pode estar quase a acontecer."

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