EUA e Ucrânia atualizam plano de paz com exigências ucranianas
EPA/MARTIAL TREZZINI

EUA e Ucrânia atualizam plano de paz com exigências ucranianas

Reunião em Genebra reafirmou “que qualquer acordo futuro deve respeitar plenamente a soberania da Ucrânia e alcançar uma paz justa e sustentável”, afirmam as duas partes.
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Washington e Kiev declararam que, na sequência das conversações mantidas em Genebra, “desenvolveram um quadro de paz atualizado e aperfeiçoado”, depois de reafirmarem que “qualquer acordo futuro deve respeitar plenamente a soberania da Ucrânia”.

Num comunicado conjunto, divulgado no domingo pela Casa Branca, refere-se que as conversações sobre o plano de paz proposto por Washington para selar a paz entre a Ucrânia e a Rússia foram “construtivas, focadas e respeitosas”, além de produtivas, uma vez que “mostraram progressos significativos na harmonização de posições e na identificação de próximos passos claros”.

O diálogo de Genebra reafirmou “que qualquer acordo futuro deve respeitar plenamente a soberania da Ucrânia e alcançar uma paz justa e sustentável”, afirmam as duas partes.

“Como resultado das conversações, as partes desenvolveram um quadro de paz atualizado e aperfeiçoado”, acrescenta-se no comunicado, onde ainda se lê que “a delegação ucraniana reafirmou a sua gratidão pelo forte compromisso dos Estados Unidos e pessoalmente do Presidente Donald J. Trump pelos esforços incansáveis para acabar com a guerra e a perda de vidas”.

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Marco Rubio fala em "progressos tremendos" após reunir com Ucrânia

O texto insiste que, tal como os representantes de ambos os países afirmaram no domingo, a aprovação final do novo roteiro para a paz na Ucrânia depende dos presidentes de ambas as nações, que vão continuar a “trabalhar intensamente em propostas conjuntas nos próximos dias” e a manter-se “em estreito contacto com os parceiros europeus à medida que o processo avança”.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez no domingo uma avaliação positiva das reuniões de Genebra e afirmou, numa linguagem mais cautelosa do que no comunicado conjunto, que as alterações ao plano de paz tinham sido feitas de acordo com a posição ucraniana.

Muitos especialistas criticaram o plano inicialmente apresentado por Washington - ao qual Trump também associou um ultimato, que expira na quinta-feira - e argumentaram que é muito favorável às exigências russas de que Kiev reduza o exército, ceda território a Moscovo e se comprometa a nunca se candidatar à adesão à NATO.

Por sua vez, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, assegurou no final das conversações de domingo, em Genebra, que ainda há pontos pendentes a rever no plano com a Ucrânia, mas que “nenhum deles é insuperável” e que está confiante de que se vai chegar a um acordo.

Rússia ataca infraestruturas civis em três regiões com 162 drones

As Forças Armadas da Federação Russa atacaram esta segunda-feira, 24 de novembro, com 162 drones (aeronaves telepilotadas) infraestruturas civis ucranianas nas regiões Chernigiv (norte), Kharkiv (noroeste) e Dnipropetrovsk (centro-este), segundo a Força Aérea da Ucrânia, que indica ter havido vítimas mortais.

A mesma fonte diz ter identificado 88 aparelhos daquele género como sendo do modelo Shaed, de fabrico iraniano, acrescentando que foi abatido um total de 125 drones, enquanto 37 não foram intercetados pelas defesas antiaéreas e causaram impactos em 15 localizações diferentes, sem especificar.

Em Kharviv, morreram quatro pessoas na sequência deste último ataque russo, escreveu o governador ucraniano Oleg Siniegubov, na plataforma eletrónica Telegram, verificando-se ainda 13 feridos, incluindo dois menores de idade.

A Rússia tem atacado a Ucrânia quase diariamente com drones ou mísseis, com as infraestruturas energéticas a serem particularmente visadas, o que aumenta os receios de um inverno muito sofrido pela população local.

Kiev, por sua vez, ataca regularmente depósitos de petróleo, refinarias e outras instalações do lado russo das diversas frentes de batalha.

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