Marjorie Taylor Greene, antiga aliada de Donald Trump e figura da direita radical, anunciou na sexta-feira o abandono do lugar na Câmara dos Representantes, depois de ter criticado a gestão do caso Epstein pelo Presidente norte-americano."Vou demitir-me das minhas funções a 5 de janeiro de 2026", declarou a eleita da Geórgia num comunicado na rede social X, acrescentando que "defender as mulheres americanas que foram violadas aos 14 anos, vítimas de tráfico e exploradas por homens ricos e poderosos não deveria expor-me a ser chamada de traidora e ameaçada pelo presidente dos Estados Unidos, pelo qual lutei".Num vídeo publicado na internet, Greene também afirmou, entre outras coisas, que "sempre foi desprezada em Washington e nunca se integrou".Donald Trump rompeu publicamente com esta aliada de longa data e figura do movimento MAGA (Make America Great Again), chamando-a de "Marjorie 'A Traidora' Greene" e "Maggie 'a Louca'", após críticas da deputada à sua gestão do caso Epstein, financeiro nova-iorquino que morreu na prisão em 2019, antes do julgamento por crimes sexuais. . A posição de Donald Trump, amigo de Epstein, sobre este caso semeou a divisão no campo republicano, habitualmente leal ao presidente.Depois de se opor durante muito tempo, Donald Trump promulgou uma lei que obriga o seu governo a tornar públicos os documentos do caso Epstein, ainda que com restrições processuais, não se sabendo ao certo qual será o alcance das revelações.O presidente norte-americano sempre negou ter conhecimento do comportamento criminoso de Epstein, de quem era próximo antes de se desentenderem na década de 2000, afirmando que o afastamento dos dois ocorreu anos antes de emergirem os crimes pelos quais era acusado..Assinatura de Trump inicia contagem decrescente para revelação do ficheiro Epstein."Não temos nada a esconder". Trump pede a republicanos que aprovem divulgação dos arquivos de Epstein.Novos emails revelados. Epstein afirmou que Trump "sabia das raparigas" e passou horas com uma das vítimas