A situação nos aeroportos está este este sábado a retomar a normalidade, após uma falha informática à escala global na sexta-feira ter causado significativos problemas nos transportes, nos media e nos mercados financeiros e até impedido trabalhadores de usarem equipamentos informáticos..Em França, os aeroportos de Roissy e Orly, os dois principais pontos de entrada das delegações estrangeiras para os Jogos Olímpicos de Paris, que se iniciam na sexta-feira, estão sob particular atenção.."A situação voltou ao normal em todos os aeroportos de França", disse o ministro dos Transportes francês, Patrice Vergriete, nas redes sociais..De um modo geral, a situação dá sinais de melhoria nos céus em todo o mundo, segundo a AFP..Na sexta-feira à noite, muitos aeroportos asiáticos apresentavam uma atividade "normal" ou "quase normal", nomeadamente na Coreia do Sul, Singapura, Nova Zelândia, Hong Kong e Filipinas..No entanto, persistem alguns "problemas residuais" que provocaram atrasos em Sydney; no Japão, "cinco voos" operados pela companhia aérea de baixo custo Jetstar tiveram hoje atrasos..O aeroporto internacional de Berlim, o mais afetado na Alemanha, está a funcionar quase normalmente..No entanto, alguns passageiros continuam a não poder utilizar as máquinas de check-in, devido às "sequelas ocorridas nas companhias aéreas", e têm de recorrer aos balcões para solucionarem a situação, disse à AFP um porta-voz do aeroporto..Nos Estados Unidos, os serviços de emergência de pelo menos três Estados foram afetados e 2.400 voos foram cancelados na sexta-feira.."De acordo com as informações de que dispomos, os voos foram retomados em todo o país, mas subsiste um certo congestionamento", disse aos jornalistas um funcionário do Governo norte-americano..Cerca de 1.280 voos permaneciam cancelados ao início do dia nos Estados Unidos, segundo os últimos dados divulgados..A causa esteve numa atualização defeituosa nos sistemas operativos Windows da Microsoft, provocada por uma solução informática do grupo norte-americano de cibersegurança CrowdStrike, sendo que está excluído um ciberataque ou um problema de segurança informática.."A escala e o tempo desta interrupção não têm precedentes e ela ficará, sem dúvida, na história", disse Junade Ali, um especialista em cibersegurança contactado pela AFP.."Gostaria de pedir desculpas pessoalmente a todas as organizações, grupos e indivíduos que foram afetados", declarou George Kurtz, presidente-executivo da CrowdStrike, no canal norte-americano de televisão CNBC, na sexta-feira..Numa nota hoje publicado no seu blogue, a CrowdStrike explicou que na quinta-feira à noite tinha lançado uma atualização para o Windows que provocou "uma falha do sistema e um ecrã azul"..Esta atualização foi corrigida ao fim de 78 minutos, segundo a empresa, que publica ainda no seu blogue conselhos para correção do problema e que a Microsoft recomenda aos seus clientes que "sigam".