Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin
Dmitry Peskov, porta-voz do KremlinEPA/VALERIY SHARIFULIN/SPUTNIK/KREMLIN POOL

A Ucrânia terá de negociar com a Rússia "mais cedo ou mais tarde", diz Kremlin

Porta-voz da presidência russa prevê que a posição negocial de Kiev irá piorar a cada dia que passa.
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Depois de um diplomata russo afirmar que a Rússia está pronta para retomar "negociações diretas" com a Ucrânia, "a qualquer momento", foi a vez de o Kremlin falar esta quinta-feira, 13 de novembro, em conversações, colocando, também, a pressão do lado de Kiev.

O porta-voz da presidência russa afirmou que a Ucrânia terá de negociar com a Rússia "mais cedo ou mais tarde". Aos jornalistas, Dmitry Peskov foi mais longe e disse prever que a posição negocial de Kiev irá piorar a cada dia que passa.

"O lado ucraniano deve saber que, mais cedo ou mais tarde, terá de negociar, mas a partir de uma posição muito pior. A posição do regime de Kiev deteriorar-se-á a cada dia", considerou Peskov, citado pela imprensa internacional.

O responsável disse ainda que a Rússia continua disponível para um acordo político e diplomático para encontrar um caminho para a paz.

No entanto, enquanto tal não acontece, a Rússia irá continuar a lutar no campo de batalha para proteger a sua segurança e garantir os interesses das gerações futuras, noticia a Reuters.

De acordo com a agência de notícias, Moscovo acusa Kiev de se recusar em participar em negociações de paz, mas o lado ucraniano considera que as condições impostas pelo regime de Vladimir Putin para acabar com a guerra são inaceitáveis e traduzem-se numa rendição.

Já na quarta-feira (11), o encarregado de negócios interino da Rússia na Turquia, Alexey Ivanov, disse que o "lado russo tem enfatizado repetidamente" de que está "pronto para continuar as negociações diretas com a delegação ucraniana".

"Os nossos parceiros turcos também têm enfatizado consistentemente que a plataforma de Istambul continua disponível para nós, essas portas permanecem abertas", adiantou, em declarações à agência estatal russa Tass.

As declarações do lado russo sobre um eventual regresso às negociações, colocando a pressão no lado do país liderado por Volodymyr Zelensky, acontecem numa altura em que as forças de Moscovo avançam no terreno para tentar obter o controlo da cidade de Pokrovsk, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia. Aliás, na passada terça-feira, as forças ucranianas admitiram que mais de 300 soldados russos tinham entrado na cidade.

De referir que a última ronda negocial entre as delegações dos dois países aconteceu a 23 de julho, em Istambul, na Turquia.

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