Tiros contra tibetanos que homenageavam Dalai Lama
As forças de segurança chinesas interromperam os tibetanos na província de Sichuan, em Daofu, quando estes levavam a cabo rituais para homenagear o seu líder espiritual, indicaram a International Campaign for Tibet (ICT), baseada nos Estados Unidos, e o portal de notícias sobre o Tibete Phayul, com sede na Índia.
"Dois monges tibetanos foram baleados na cabeça e outros ficaram feridos depois de a polícia chinesa abrir fogo contra a multidão", afirmou o ICT, citando fontes locais e no exílio ao referir que os dois monges estavam no hospital.
Unidades da polícia e exército da China começaram a disparar e a usar gás lacrimogéneo "sem aviso", acrescentou a mesma organização, citando dois tibetanos no exílio.
Pelo menos 20 pessoas foram detidas depois do incidente no sábado, segundo a ICT.
De acordo com o portal Phayul, a polícia chinesa abriu fogo depois de um monge ter tentado "passar a barreira de segurança".
"Um monge foi baleado na cabeça", indicou o mesmo portal.
Tanto a polícia como as autoridades religiosas em Daofu disseram à agência AFP que "não houve nenhum incidente deste género".
Daofu está localizada numa das áreas de maioria tibetana no sudoeste da China.
Os tibetanos alegam ser alvo de repressão religiosa e cultural por parte da China. Mais de uma centena de tibetanos imolou-se pelo fogo nos últimos anos em alegados protestos contra o domínio chinês.
Pequim insiste que respeita as minorias étnicas e tem investido fortemente para desenvolver as áreas tibetanas.
O Dalai Lama fugiu do Tibete após uma revolta fracassada contra o domínio chinês em 1959 e mais tarde fundou o governo tibetano no exílio na Índia.