Novas infeções e incidência em queda. Internados aumentam
Portugal confirmou, em 24 horas, 8463 novos casos de covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o dia 27 de dezembro que não haviam tão poucos casos diários, sendo que nesse dia foram contabilizadas 6334 infeções.
A região Norte foi aquela onde se registaram mais casos nas últimas 24 horas, com um total de 2764, seguido por Lisboa e Vale do Tejo (2529), Centro (1333), Algarve (680), Madeira (474), Açores (370) e Alentejo (313).
Há a registar mais 35 mortes associadas à doença, indica ainda o relatório desta segunda-feira (14 de fevereiro), sendo que um desses óbitos foi um homem entre os 20 e os 29 anos.
De resto, no Norte houve 16 mortes e em Lisboa e Vale do Tejo registaram-se 11. As restantes vítimas foram contabilizadas nas regiões Centro (4), Alentejo (2) e Algarve (2),
No que se refere à situação nos hospitais, os dados mostram que há agora 2364 internados (mais 66), dos quais 148 estão em unidades de cuidados intensivos (menos sete).
Na matriz de risco, o nível de incidência continua a baixar, sendo agora de 4989,6 casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes a nível nacional (era de 6099,6 na atualização de sexta-feira), enquanto no continente é agora de 5000,0 (era de 6133,0).
O R(t) é agora de 0,81 a nível nacional e 0,80 no continente. Na sexta-feira, altura da última contagem, era 0,88 em todo o território e em Portugal continental.
Portugal contabiliza 548 867 casos ativos de covid-19, o que corresponde a uma diminuição de 20 861 nas últimas 24 horas. Há mais 29 289 pessoas que recuperaram da infeção por SARS-CoV-2.
Dados atualizados da pandemia numa altura em que o primeiro-ministro convocou para quarta-feira uma reunião com peritos para avaliar a situação epidemiológica do país. O encontro com os especialistas acontece quando o número de infeções e o índice de transmissão (Rt) da covid-19 estão a descer.
Esta nova reunião, que terá lugar pelas 10:00, decorrerá por videoconferência e não na sede do Infarmed, em Lisboa.
A reunião com peritos insere-se num contexto em que se considera que Portugal já terá atingido há cerca de 10 dias um pico em termos de casos de covid-19, com o número de infeções a apresentar agora uma trajetória descendente.
Na semana de 6 a 13 de fevereiro, acentuou-se a tendência de descida da incidência e o do nível de transmissão da covid-19 a nível nacional. Numa semana, houve menos 1264,2 casos de infeção por 100 mil habitantes e no continente menos 1174,0 por 100 mil habitantes.
A análise dos vários indicadores demonstra uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de intensidade muito elevada", embora com "tendência decrescente em todas as regiões", refere o relatório das linhas vermelhas.
Nesta segunda-feira, a agência de saúde pública da Suécia recomendou a administração da quarta dose da vacina contra a covid-19 para as pessoas com mais de 80 anos, em lares de idosos e em atendimento ao domicílio.
O organismo fez saber que a quarta dose deve ser tomada quatro meses após a dose anterior, no mínimo.
"A disseminação da covid-19 ainda é intensa na Suécia. Um número crescente de casos foi relatado nas últimas semanas, inclusive entre pessoas com maior risco de doenças graves", disse a agência de saúde pública da Suécia.
"A capacidade do sistema imunológico de reagir à vacinação e de construir proteção duradoura diminui com a idade", acrescentou o organismo. "Um reforço fortalece essa proteção", disse o epidemiologista estadual Anders Tegnell em comunicado da agência.
Na Suécia, mais de 85% das pessoas com mais de 80 anos receberam uma terceira dose da vacina, assim como 55% dos maiores de 18 anos.