Mulher e duas filhas do apresentador Jorge Gabriel estão infetadas

Jorge Gabriel testou negativo mas cumpre isolamento em Lisboa. Família ficou em Porto Santo e só o filho mais novo do casal não está infetado. A mulher e duas filhas testaram positivo.
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A mulher e duas filhas de Jorge Gabriel testaram positivo ao novo coronavírus e permanecem em Porto Santo, na Madeira, onde a família passou férias. O filho mais novo, de três anos, deu negativo, após testes realizados na terça-feira. O apresentador da RTP confirmou ao DN a situação e está em Lisboa a cumprir isolamento apesar de o teste que fez, na segunda-feira, ter dado negativo.

A realização do teste foi ditada pelo contacto que Jorge Gabriel teve com uma pessoa que está infetada. Regressou a Lisboa por ter trabalhar a fazer mas acabou por ter que se fechar em casa a cumprir os 14 dias de isolamento profilático. A mulher e as duas filhas, de 17 e 20 anos, foram testadas na terça-feira e tiverem resultado positivo.

Segundo disse o apresentador ao DN, a mulher e as filhas sentem-se bem, estão assintomáticas e em quarentena na ilha madeirense.

O surto na ilha relaciona-se com o caso de uma turista, proveniente de Lisboa, que passou férias no Porto Santo e testou positivo à covid-19 depois de regressar ao continente, tendo infetado três das 18 pessoas com quem contactou nesses dias de permanência na ilha.

Surto controlado mas "sem euforias"

O presidente do Governo da Madeira afirmou hoje que, apesar de a situação dos três casos positivos de covid-19 no Porto Santo estar aparentemente "controlada", não é altura de entrar em "euforias", insistindo no cumprimento das medidas de prevenção.

"Neste momento não entro em euforias", declarou Miguel Albuquerque, à margem de uma visita que efetuou a uma empresa agroalimentar na freguesia do Santo da Serra, concelho de Santa Cruz.

Os resultados dos testes efetuados às restantes 15 pessoas, hoje conhecidos, foram negativos.

"Neste momento, parece que a situação está controlada, os testes foram negativos, mas temos de aguardar mais algum tempo", alertou chefe do executivo insular, de coligação PSD/CDS.

Albuquerque realçou que "graças à aplicação e aos inquéritos" efetuados aos visitantes que entram na região, foi possível elaborar "a cadeia de contactos da senhora" infetada e, "neste momento, a monitorização e controlo da situação está estabilizada".

Contudo, considerou que "a senhora podia ter contaminado um conjunto de cidadãos durante a sua estadia e podia ter surgido um foco de infeção local no Porto Santo, o que seria muito difícil e complicado de controlar".

No entender do líder madeirense, "agora é importante não entrar em euforias", visto que se assiste a "uma situação pandémica a nível europeu e mundial em crescimento", dando como exemplos as situações da Itália, da Espanha e do continente português.

Nestes países, considerou que os números estão a crescer "abruptamente" e "exponencialmente", enquanto a nível nacional os dados revelados na quarta-feira "são catastróficos".

"Aqui, na Madeira, temos de ter juízo e cuidado", sustentou, complementando: "Nada de relaxar, temos de manter a distância social, usar a máscara e tentar fazer a nossa vida, mas com todas as precauções".

Miguel Albuquerque apelou aos hoteleiros da Madeira para "que recomendem aos turistas, que felizmente estão a regressar, para usarem a máscara quando circulam na via pública".

O presidente do governo madeirense recusou "fazer juízos de valor" sobre o comportamento da senhora que passou férias no Porto Santo, que entrou com teste negativo, mas manifestou sintomas durante a permanência na ilha, insistindo apenas que "a situação podia ter sido muito complicada".

"Mas é importante dizer a umas pessoas que andam por aí que acham que é importante abrir os bares até às 05:00, que nós não vamos permitir", enfatizou.

"Isto ainda não acabou. Isto é uma maratona, não um 'sprint' e temos de continuar a ter o cuidado de tomar todas as medidas, nomeadamente o distanciamento social, higiene, uso de máscara, que têm dado bom resultado", concluiu.

De acordo com os dados revelados quarta-feira pelo Instituto da Administração de Saúde (IASaúde), a Madeira regista 148 casos de infeção, 118 recuperados e 30 ativos, apresentando seis novos casos.

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