Marcelo: "Algarve injustamente punido com decisão de Londres"

O Presidente da República considera que a decisão do governo britânico em retirar Portugal da lista de países seguros é "injusta" e lesiva.
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"O Algarve está a ser injustamente punido com esta decisão do Reino Unido" de tornar a fechar o corredor aéreo com Portugal, lamentou esta tarde o Presidente da República, comentando uma medida que considera "injusta" e lesiva do país.

Apesar de tudo, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que "felizmente, a decisão não abrange a Madeira e os Açores", preferindo não olhar para o mal que está feito mas "para a frente" e esperar que esta decisão de Londres de tornar a obrigar a quarentena os residentes do Reino Unido que passem por Portugal, em vigor já a partir de sábado, "seja ultrapassada rapidamente". É essa a mensagem que o Presidente da República vai passar aos hoteleiros, com quem vai reunir-se nesta semana, assegurou: "Uma mensagem de resiliência e de olhos postos no futuro".

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros comentou a decisão, optando por um tweet em que lamenta a decisão britânica "de excluir Portugal continental da lista de países isentos de quarentena", mas opta por destacar o lado positivo: "a manutenção dos Açores e da Madeira" "As nossas regras sanitárias e a eficácia do nosso SNS têm reconhecidamente permitido controlar os efeitos da pandemia", sublinha Augusto Santos Silva.

"As nossas regras sanitárias e a eficácia do nosso SNS têm reconhecidamente permitido controlar os efeitos da pandemia", sublinha Augusto Santos Silva.

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"Portugal continuará a remeter toda a informação sobre a evolução da situação epidemiológica no espírito de total transparência que caracteriza o nosso diálogo com o Reino Unido", junta o Ministério dos Negócios Estrangeiros num segundo post naquela rede social.

Questionado também sobre as medidas de contenção anunciadas nesta tarde pelo governo para o arranque do ano letivo e o regresso às rotinas, Marcelo vincou que "uma pequena ajuda de todos os portugueses pode facilitar a vida de todos".

"Se houver uma contenção - e não estamos a falar de confinamento -, em particular dos jovens perto das escolas, se houver esse esforço, será mais fácil conseguirmos uma evolução não negativa da pandemia", disse o Presidente, deixando um "forte apelo" a que se continue a trabalhar, a apostar na economia e na vida social, mas "se entenda que só avançamos para o que desejamos se houver um contributo na saúde que passa pela contenção no quadro das medidas anunciadas".

Quanto a presidenciais, candidatos oficiais ou oficiosos ou quaisquer "outros momentos eleitorais", não há comentários do Presidente da República.

Joana Petiz é jornalista do Dinheiro Vivo

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