Câmara de Oeiras vai construir a esquadra da PSP "mais avançada do país" em Carnaxide

Projeto ainda não tem data para a inauguração, mas Isaltino Morais revela ao DN que espera abrir o concurso público para a obra ainda durante o seu mandato. O edifício estará preparado para receber uma divisão da PSP e terá um custo que ronda os seis milhões de euros. No mesmo terreno, será ainda construído um Centro de Alzheimer.
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Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, diz não ter dúvidas de que em Carnaxide vai nascer "a esquadra mais avançada deste país". O edifício vai poder acolher várias subunidades da Polícia de Segurança Pública (PSP) e terá áreas de atendimento ao público e detenção, habitações para polícias e até um espaço para a parada no exterior, num total de de 6000 metros quadrados de construção. O programa do projeto está feito, o local está escolhido e o autarca espera, até ao final do atual mandato, poder lançar o concurso público para a obra, que tem uma previsão de custo de seis milhões de euros, suportado pela autarquia.

A futura esquadra da PSP de Carnaxide vai ficar localizada entre a Estrada da Outurela e a avenida Professor Doutor Bernardo Machado, mesmo ao lado das antigas instalações da SIC. "Temos o programa feito para avançar com o projeto. Espero que até ao final do ano o processo fique fechado e que o concurso público da obra possa ser aberto durante este mandato. Estamos a falar de uma grande esquadra, aliás, será desativada a atual que existe em Carnaxide", garante Isaltino Morais ao DN, adiantando que o atual edifício da PSP será, depois de ser desativado, uma residência com capacidade para acolher 30 agentes.

O programa funcional do chamado Complexo Policial de Carnaxide, ao qual o DN teve acesso, foi elaborado pela PSP e validado pelo diretor nacional desta força policial, conforme pode ler-se no documento. Este espaço, que terá uma área bruta de construção de 6000 metros quadrados, será divido em duas grandes zonas: complexo policial e área de formação.

Na área do complexo policial estarão subunidades como "a Esquadra Territorial Integrada, Esquadra de Trânsito, Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial e Esquadra de Investigação Criminal". Estão ainda previstas, além das áreas de atendimento ao público e de detenção e de uma zona para a parada policial, um estacionamento exterior e quatro habitações de tipologia T2, com cerca de 90 metros quadrados cada.

No programa pode ainda ler-se que haverá áreas partilhadas, tais como Sistemas de Informação e Comunicações, Área de Formação (salas de trabalho, de formação e reuniões, ginásio e arrecadações), Área de Logística (arrecadações, arquivos, garagem para viaturas, lavandaria, etc.), Área Social (sala de refeições e de estar, copa, bar, vestiários, balneários e áreas de alojamentos com um total de 88 camas).

A área de formação, em concreto, terá salas de formação, alojamentos, com um total de 28 camas, vestiários e uma zona de alimentação composta por sala de refeições, copa, sala de estar e convívio. "A nova esquadra tem um programa acolhimento de uma divisão. A divisão funciona aqui em Oeiras, mas depois a Polícia de Segurança Pública é que decidirá se ela ficará em Oeiras ou se muda para Carnaxide. Seja como for, obviamente que vai ter umas condições completamente diferentes porque será um edifício moderno. E vamos procurar que seja também um edifício icónico", refere o autarca de Oeiras. "Será ainda uma esquadra com a mais moderna tecnologia, com a possibilidade de o comandante poder ver tudo o que se passa no concelho, onde é que estão os carros da polícia, vê-los a circular, porque hoje a tecnologia permite tudo isso. Não tenho dúvidas de que será a esquadra mais avançada deste país", sublinha Isaltino Morais.

No mesmo terreno irá ainda nascer aquilo a que a Câmara Municipal de Oeiras chama de Centro de Alzheimer. "Já temos o programa, mas só vamos avançar com a construção depois de definirmos um modelo de gestão e, neste momento, ainda não o temos, embora já tenhamos abordado algumas instituições", revela Isaltino Morais, referindo que o Instituto São João de Deus já terá mostrado alguma disponibilidade para fazer a gestão desse equipamento.

Segundo informações a que o DN teve acesso, esta unidade especializada em demências tem uma área de construção de 4000 metros quadrados e terá capacidade para alojar 60 residentes - com quartos individuais e duplos, todos com casa de banho privativa -, estando ainda prevista uma resposta de dia para 15 pessoas e apoio domiciliário a outras 50.

Quanto a áreas comuns, está prevista a existência de um ginásio, duas salas de estar e duas salas de refeições, preferencialmente com ligação direta ao jardim, duas salas de atividades e espaços dedicados ao convívio dos doentes com as famílias.

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