Torres Couto, o histórico dirigente da UGT, ficou tetraplégico na sequência de um acidente de viação ocorrido há cerca de duas semanas. Em declarações à TVI, numa reportagem emitida na terça-feira, 11 de novembro, o antigo secretário-geral da central sindical, relatou como foi o acidente numa viagem entre Setúbal e Lisboa, num dia de muita chuva, e como está a enfrentar este desafio.O acidente aconteceu na A2 e era a mulher de Torres Couto quem conduzia. Garante que seguiam a 90 km/h quando um BMW se despistou e lhes bateu por trás. “Deslizámos quase 300 metros na autoestrada, a fazer piões, e fomos chocar contra outro carro”, relatou, explicando que o cinto de segurança lhe terá salvado a vida. No entanto, percebeu logo que algo grave acontecera.“Logo no momento em que batemos, eu senti que foi o cinto de segurança que me prendeu e, ao prender-me, fiquei logo tetraplégico, logo”, disse. “Já não tinha sensibilidade nenhuma do pescoço para baixo”, explicou.Torres Couto admite: “Este é o maior combate da minha vida. Estou completamente comprometido com este combate”. Conta que de início a sua vontade era morrer, mas que agora luta “com dor, com lágrima, com um sofrimento horrível” para melhorar os seus movimentos. A mulher saiu ilesa do acidente, mas a família de Torres Couto está, segundo contou o próprio, "desesperada" com a situação em que se encontra..Uma breve síntese da minha verdadeira prova de vida