O Presidente da República desloca-se ao início da tarde à sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, para assistir a um ponto da situação sobre os incêndios, disse à Lusa fonte de Palácio de Belém.De acordo com a mesma fonte, Marcelo Rebelo de Sousa deverá reunir-se na sede daquele organismo, em Oeiras, com a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, e com o secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro.Marcelo Rebelo de Sousa deverá assim interromper o período de férias no Algarve para se inteirar da evolução dos incêndios que assolam sobretudo a região centro do país. A Autoridade Nacional de Proteção Civil tem ainda previstos briefings para as 12:00 e as 19:00 na sua sede em Carnaxide, Oeiras.*Lusa.O incêndio dos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide foi considerado dominado às 10:19 de hoje, revelou à agência Lusa fonte da Proteção Civil, realçando que os meios estão agora posicionados nas áreas mais críticas.“O incêndio está dominado na totalidade, o que confirmámos às 10:19, após um reconhecimento aéreo a todo o perímetro”, disse o 2.º comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo, João Vaz.Segundo o mesmo responsável, o sinistro queimou “um pouco de tudo, eucaliptal, pinho, matos, pasto, sobreiros, entrou na Serra de São Paulo, mas não chegou a entrar na Serra de São Mamede”.Além disso, continuou, foram afetadas “algumas habitações” na zona de Castelo de Vide, “dispersas e situadas na orla florestal”, mas o levantamento desses danos está a ser efetuado pela câmara municipal deste concelho alentejano, no distrito de Portalegre.O incêndio “tem um perímetro de sete quilómetros, ou seja, da cauda até à orla, mas depois toda a orla estende-se por 33 quilómetros”, indicou ainda João Vaz.*Lusa.O incêndio florestal que lavra há mais de 48 horas no município de Arganil, distrito de Coimbra, está a evoluir em várias frentes, ameaçando aldeias e a ‘joia ambiental’ da Mata da Margaraça, disse o presidente da Câmara. Ouvido pela Lusa, Luís Paulo Costa manifestou-se muito preocupado com a evolução do incêndio no seu concelho, antecipando muitos problemas ao longo do dia, com frentes de fogo a norte, oeste e sudoeste do local onde o incêndio eclodiu na freguesia do Piódão, na quarta-feira, situadas a quase dez quilómetros em linha reta da origem.“Neste momento a Mata da Margaraça está ameaçada, ainda não ardeu, mas o fogo está nas imediações, na mesma encosta. Está a ser feito lá um trabalho do sentido de tentar fazer a contenção do incêndio, mas está difícil”.Segundo o autarca, há ainda outra frente de fogo que lavra para sudoeste, na direção de Porto Castanheiro, perto da zona onde se disputa o troço de Arganil do Rali de Portugal.Pelas 10.50, de acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio de Arganil estava a ser combatido por 911 operacionais, apoiados por 307 viaturas e dez meios aéreos.*Lusa.Em declarações à Antena 1, Luís Paulo Costa, presidente da Câmara de Arganil, disse que a intensidade do fogo e a evolução do incêndio “cheira muito a 2017”. Recorda-se que 2017 foi o ano mais dramático em relação aos incêndios no país. Já em entrevista à Rádio Observador, manifestou aquilo que outros autarcas na mesma situação criticam: a falta de meios. “Aquilo que neste momento constatamos é uma falta muito preocupante de meios”, afirmou Luís Paulo Costa..A aldeia de Covanca, em Pampilhosa da Serra, vai ser evacuada devido ao agravamento do incêndio que lavra desde quarta-feira naquele concelho do distrito de Coimbra. Em declarações à agência Lusa, às 09:34, o presidente da Câmara de Pampilhosa da Serra disse que a situação no seu concelho está a agravar-se, sobretudo por causa das condições climatéricas adversas.“O incêndio não nos deu descanso durante toda a noite. Tem uma extensão muito grande. Neste momento estamos a preparar-nos para evacuar a aldeia de Covanca”, disse Jorge Custódio. O autarca explicou ainda que Covanca é atualmente habitada por cerca de 300 pessoas.Esta aldeia situa-se no extremo nordeste do concelho de Pampilhosa da Serra e nos seus limites encontram-se as linhas divisórias de três concelhos, Pampilhosa da Serra, Arganil e Covilhã, consequentemente de dois distritos, Coimbra e Castelo Branco. “Os habitantes vão ser retirados para as instalações da secção de bombeiros de Unhais-o-Velho”, informou Jorge Custódio.*Lusa.Os operacionais já dominaram 90% do incêndio que deflagrou, na quinta-feira, no concelho de Portalegre e se estendeu ao município vizinho de Castelo de Vide, revelou hoje à agência Lusa fonte da Proteção Civil.A fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo indicou que, no último balanço efetuado com o comando no terreno, às 07:10, “o incêndio estava 90% dominado”.“Os dados indicam que o combate está bem encaminhado e que o incêndio está a ceder aos meios” que se encontram no teatro de operações, acrescentou. Questionada sobre eventuais feridos, a fonte disse que, em relação aos operacionais envolvidos no combate às chamas, há quatro feridos ligeiros, concretamente um sapador florestal e três bombeiros.Em relação a habitantes ou a casas afetadas, o comando sub-regional não tem, para já, informações sobre isso. Às 09:15, encontravam-se envolvidos nos trabalhos de combate às chamas 260 operacionais, apoiados por 83 veículos e um meios aéreo.*Lusa.De acordo com o segundo comandante regional do Centro, Jody Rato, foram “registados três feridos ligeiros, coisas ligeiras, e um bombeiro que foi assistido, muito por causa do fumo nos olhos que, depois de uma boa limpeza permite que volte ao ativo”.Pelo caminho, as chamas já deixaram destruição “em algumas habitações, falta confirmar se há de primeira habitação, mas a maior parte deverão ser devolutas e de segunda habitação, há ainda veículos afetados, armazéns e empresas”.“O levantamento está a ser feito, mas a prioridade é o combate”, realçou Jody Rato. Para o dia de hoje “é esperado um trabalho muito árduo, um dia difícil, não só pela área imensa, como agravado com aquilo que tem condicionado o combate que é a acessibilidade e as condições meteorológicas”.*Lusa.Os incêndios que começaram em Trancoso e Sátão afetam atualmente 10 municípios e têm três frentes ativas muito grandes, disse à agência Lusa o segundo comandante regional do Centro, Jody Rato. “Os incêndios de Trancoso e de Sátão estavam muito perto, quase a interagir, havia já zonas em que estavam a menos de 10 quilómetros e nesse sentido absorvemos o comando que, agora, é só um e temos 10 municípios”, adiantou à agência Lusa, cerca das 09:00, o comandante no terreno, Jody Rato.O incêndio afeta os municípios de Sátão, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Penedono e “também já a entrar” em São João da Pesqueira (distrito de Viseu); Aguiar da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres, Meda e Celorico da Beira (distrito da Guarda).“Neste momento tem três frentes ativas muito grandes. Uma delas com mais de 20 quilómetros de frente. A zona de maior preocupação é na zona norte, na cabeça, porque é onde está com maior intensidade, ou seja, em Penedono e em São João da Pesqueira”, adiantou.Jody Rato acrescentou que em todo o perímetro deste incêndio estão 1.368 operacionais a trabalhar, 461 veículos, com mais sete máquinas de rasto e, neste momento, cerca das 09:00, “estão a ser mobilizados meios aéreos”.*Lusa.A Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou o reforço do patrulhamento de visibilidade e a vigilância em áreas florestais e agrícolas de risco elevado, muito elevado e máximo, "com o objetivo de dissuadir comportamentos negligentes e detetar precocemente situações suspeitas". O reforço ocorre diante do agravamento do perigo de incêndio em várias zonas do território nacional. A GNR também "tem vindo a intensificar os esforços na investigação das causas dos incêndios, procurando apurar a origem de cada ocorrência com o máximo de rigor". Está em curso "um trabalho contínuo que visa investigar todos os incêndios, no mais curto espaço de tempo"..O Instituto Português do Mar e da Atmosfera estendeu até às 18:00 de domingo o aviso laranja, o segundo mais grave, em sete distritos por causa do calor. De acordo com um comunicado do IPMA, o aviso laranja vai estar ativo em Bragança, Évora, Guarda, Faro, Beja, Castelo Branco e Portalegre até às 18:00 de domingo, devido à “persistência de valores muito elevados da temperatura máxima”.Em Vila Real e Viseu, o aviso laranja vigora até às 00:00 de sábado, baixando depois para amarelo, o menos grave de uma escala de três. Também sob aviso amarelo devido ao calor estão até às 18:00 de hoje os distritos de Leiria e Coimbra, enquanto Santarém se prolonga até às 18:00 de sábado e em Setúbal até às 18:00 de domingo.* Lusa.Mais de 3.500 operacionais combatiam às 08:00 37 incêndios ativos em todo o país, seis deles a mobilizar o maior número de meios, segundo a Proteção Civil. De acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam no terreno 3.569 operacionais, auxiliados por 1.200 meios terrestres.Os fogos mais significativos são os de Sátão (Viseu) e Arganil (Coimbra), que concentram maior número de meios, num total de 1.675 operacionais no terreno.O fogo em Vila Boa, no concelho de Sátão, distrito de Viseu, que começou na madrugada de quarta-feira e, no mesmo dia, chegou aos municípios de Sernancelhe (Viseu) e de Aguiar da Beira (Guarda) tinha, pelas 08:00, 847 operacionais no terreno, apoiados por 285 viaturas.O fogo de Arganil, que deflagrou na freguesia do Piódão na madrugada de quarta-feira, alegadamente provocado por uma descarga elétrica da trovoada seca que se fez sentir naquela zona, mantinha 828 operacionais auxiliados por 290 meios terrestres.Já no fogo que deflagrou em Trancoso, distrito da Guarda, estavam envolvidos 515 operacionais no combate às chamas, com o auxilio de 178 meios terrestres, num incêndio que alastrou para os concelhos de Fornos de Algodres, Aguiar da Beira, Celorico da Beira e Sernancelhe.Ainda no concelho de Trancoso, um fogo com início na quarta-feira em A-do-Cavalo mobilizava 52 bombeiros.Na serra da Lousã, distrito de Coimbra, o incêndio que começou na quarta-feira mobilizava 290 operacionais, com 87 viaturas de combate ao fogo, depois de durante a tarde ter evoluído “com duas frentes” e obrigado à retirada preventiva de 53 pessoas de várias aldeias.O fogo que lavra no concelho de Portalegre, mantinha pelas 08:00 de hoje 246 operacionais auxiliados por 81 meios terrestres.Quanto ao incêndio de Cinfães (Viseu), tinha no terreno 100 operacionais e 28 viaturas.Estes são os maiores fogos incluídos pela Proteção Civil na lista de incêndios rurais em curso (ainda não dados como dominados/em resolução) de entre as denominadas “ocorrências significativas”, assim descritas pela duração ou pelo número de meios envolvidos.*Lusa.Bom dia. O DN inicia mais uma cobertura da situação dos incêndios pelo país. Acompanhe aqui.