No dia em que o fogo provoca a morte a ex-autarca na Guarda, Governo pede ajuda e Montenegro cancela as férias
FOTO: PAULO CUNHA/LUSA

No dia em que o fogo provoca a morte a ex-autarca na Guarda, Governo pede ajuda e Montenegro cancela as férias

Foi acionado o Mecanismo Europeu de Proteção Civil em Portugal, num dia em que a situação dos incêndios sofreu um agravamento. No domingo chegam dois aviões enviados pela Suécia.
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Tornado de fogo em Aguiar da Beira

Um tornado de fogo no incêndio de Aguiar da Beira mostra a violência das chamas nesta vila do distrito da Guarda.

Dia marcado pela primeira morte causada pelos incêndios

Esta sexta-feira, 15 de agosto, fica marcada pela primeira morte causada pelos incêndios de 2025. O ex-autarca Carlos Dâmaso foi apanhado pelas chamas quando tentava defender a localidade da Vila Franca do Deão, na Guarda.

Outro dos destaques deste dia, em que o primeiro-ministro Luís Montenegro cancelou as suas férias devido à crise causada pelos incêndios, vai para o facto de o governo português ter acionado o Mecanismo Europeu de Proteção Civil em Portugal.

Como consequência prática disso mesmo, vão chegar no domingo dois meios aéreos cedidos pela Suécia.

Câmara da Covilhã ativou Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil

A Câmara da Covilhã ativou hoje o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil por causa do fogo que alastrou do concelho de Arganil para a zona de Sobral de São Miguel e de São Jorge da Beira.

"O Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil foi ativado de modo a criar todas as condições necessárias e a dispor de todos os mecanismos de apoio às operações de socorro para o combate ao fogo que esta manhã alastrou do concelho de Arganil para a zona de Sobral de São Miguel e de São Jorge da Beira", refere numa nota divulgada pela agência Lusa. 

Apesar de o incêndio estar mais calmo, autarca da Lousã garante que "não permite baixar a guarda"

Luís Antunes, presidente da Câmara Municipal da Lousã, afirmou esta noite à agência Lusa que o incêndio que lavra na serra está "mais calmo", mas "apesar disso, não permite baixar a guarda".

"Há muitos pontos que podem agravar a situação, apesar do vento estar mais calmo", disse, destacando no entanto que a área de fogo é muito extensa e dispersa, pelo que faz com que se mantenha a preocupação.

"Há duas vertentes ainda que preocupam muito e que estão a dar mais trabalho, a zona da ribeira de São João e a outra, a zona da Mata do Sobral. Será mais uma noite de preocupações", sobretudo, se as condições do vento mudarem.

O vento fez as chamas galgar uma zona mais limpa onde estava o ex-autarca de Vila Franca do Deão

Pedro Prata, atual presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca do Deão, na Guarda, explicou à RTP3 a forma como Carlos Dâmaso, o ex-autarca daquela freguesia, morreu devido às chamas que lavravam na localidade.

“Tentámos combater o incêndio, mas o facto de o vento ser muito forte dificultou imenso e quando nos apercebemos, galgou aquela zona mais limpa, onde ele estavam...", contou. O incidente ocorreu numa altura em que o incêndio estava ainda numa fase inicial, pelo que ainda não haviam operacionais naquela zona.

ICNF esclarece que caça é proibida no espaços florestais durante estado de alerta

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) esclareceu hoje que, durante o estado de alerta, que vigora até domingo, a caça é interdita no interior dos espaços florestais e apelou para o "cumprimento integral" das regras.

"A situação de alerta em vigor determina a proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem", refere o ICNF em comunicado.

Por “força dessa proibição” de acesso, acrescenta, "a atividade cinegética não poderá ser praticada nessas zonas".

A abertura geral de caça está prevista para o próximo dia 17 de agosto, domingo, e o estado de alerta vigora até as 23:59 do mesmo dia.

O ICNF apela para o cumprimento integral das normas estabelecidas pela situação de alerta em vigor em Portugal e pede que sejam “evitados quaisquer comportamentos de risco, que possam colocar em causa, a segurança de pessoas e bens”.

Lusa

Fernando Rolo, autarca de Oliveira do Hospital: "Estamos no caos e não há um avião. Está a repetir-se 2017"

Francisco Rolo, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, lançou hoje um alerta para o facto de o incêndio de Arganil ter avançado para o seu concelho, ameaçando já a própria cidade sede do município.

"Está o caos instalado. O incêndio está na iminência de atravessar o rio Alvoco”, começou por dizer em declarações à Lusa.

“O incêndio pode sair da zona de montanha e entrar noutra fase do concelho, está a repetir-se 2017. E não há um avião, não há meio aéreo, não há nada, estamos aqui no meio do caos, com casas em perigo, com animais em perigo, com pessoas em pânico, com crianças fechadas dentro de casa e ninguém faz nada”, alertou, garantindo que estavam meios junto às localidades de Quinta das Tapadas e Parente, na margem esquerda do rio, e que “de repente, desapareceram”. 

“O fogo está à beira do rio Alvoco e, se atravessa para o outro lado, atravessa para o núcleo urbano”, insistiu. "Depois de dias de planeamento e trabalho, isto é inaceitável. Andamos aqui a apagar com os pés e com ramos. Estou farto de pedir ajuda, estamos aqui sozinhos, não há um carro de fogo na aldeia do Parente, na Quinta das Tapadas não há ninguém, estão as chamas a lavrar livremente”.

PS diz que Montenegro andou alheado do país, entre férias e uma festa

O PS afirmou hoje que o primeiro-ministro (PSD) andou alheado do país, entre férias e uma festa, enquanto se combatiam incêndios florestais, e pondera pedir no parlamento a constituição de uma comissão de avaliação técnica independente.

"O Governo tem vindo sempre atrasado. Ontem [na quinta-feira] tivemos um momento muito infeliz. O país combatia os incêndios e o primeiro-ministro [Luís Montenegro] participava numa festa [Festa do Pontal, do PSD] alheado do país, alheado da circunstância do país", disse à Lusa o líder da bancada parlamentar socialista, Eurico Brilhante Dias.

Segundo o deputado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "obrigou o primeiro-ministro a interromper as suas férias, a vir a Lisboa a uma reunião", na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa.

"Acho mesmo que o primeiro-ministro devia pedir desculpas aos portugueses pela falha grave no exercício das suas funções, porque um primeiro-ministro nunca está de férias", referiu Brilhante Dias.

Fonte do gabinete do primeiro-ministro indicou hoje à Lusa que Luís Montenegro cancelou o período de férias que tinha previsto entre hoje e 22 de agosto, tendo estado de férias nos últimos cinco dias "embora com agenda pública em quatro desses dias".

"Nestes 15 dias, o país, manifestamente, andou atrás dos incêndios e o Governo, entre as férias e a Festa do Pontal, não esteve ativo na comunicação com os portugueses, na comunicação com os autarcas, e em particular em mobilizar os meios que eram necessários", apontou Eurico Brilhante Dias.

O PS voltou a criticar o Governo por não ter "acionado o quanto antes" o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e pondera "a possibilidade" de apresentar no parlamento um pedido de constituição de uma comissão técnica independente para avaliar a preparação e o combate aos incêndios florestais.

Lusa

Proteção Civil registou hoje 65 ocorrências que mobilizam 2.080 operacionais

 A Proteção Civil registou hoje 65 incêndios rurais, empenhando 2.080 operacionais, até às 17:00, com 10 ocorrências mais preocupantes, e conta que os meios aéreos enviados pela Suécia comecem a operar na segunda-feira.

De acordo com Mário Silvestre, comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, entre as 00h00 e as 17h00, registaram-se “65 ocorrências, 16 das quais em período noturno”, ou seja até às 08:00, que empenharam 2.080 operacionais, com 556 meios terrestres e 170 missões com os meios aéreos.

No ponto de situação na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, (ANEPC), em Carnaxide (Oeiras), pelas 19h00, o responsável operacional referiu que de 14 ocorrências em curso 10 eram as que mais preocupavam nas Beiras e Serra da Estrela, em Viseu, Dão-Lafões, Arganil, Cinfães, Lousã, Portalegre, Guarda, Freixo de Espada à Cinta, Sabugal e Figueiró dos Vinhos.

Estes incêndios mobilizavam então 3.023 operacionais, 1.000 veículos e 26 meios aéreos.

Lusa

Fogo avança em Oliveira do Hospital em direção à cidade

Várias frentes estão a lavrar no concelho de Oliveira de Hospital, oriundas do fogo que começou em Arganil na quarta-feira, tendo passado o rio Alva e encaminhando-se, encosta acima, para a sede do município, disse fonte da autarquia.

Em informação prestada à agência Lusa pelas 18h30, fonte oficial do município de Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), com base em informações da Proteção Civil municipal, indicou que uma das frentes “mais problemática e preocupante” lavra no vale do rio Alva, no território da União de Freguesias de Penalva do Alva e São Sebastião da Feira.

No entanto, segundo a mesma fonte, o incêndio já atingiu, no total, oito freguesias, todas localizadas no sul do concelho, algumas das quais nas margens do rio Alva.

As várias frentes de chamas, que não são contínuas, mas que lavram numa área de cerca de 12 quilómetros de largura, em linha reta, têm-se propagado encosta acima “e estão a aproximar-se da cidade a olhos vistos”, indicou a mesma fonte.

“Há o perigo de se repetir o que aconteceu em 2017”, lembrou, um aviso reiterado nas últimas 24 horas por responsáveis autárquicos de Oliveira do Hospital.

O incêndio tem levado à evacuação de alguns empreendimentos turísticos no município, bem como ao cancelamento de reservas, nomeadamente na Ponte das Três Entradas (onde os rios Alvoco e Alva confluem), com uma unidade hoteleira de quatro estrelas ali existente “que estava cheia”, assim como outra unidade em Vila Pouca da Beira, por onde as chamas passaram, sem causar danos.

A reportagem da Lusa no local constatou a destruição provocada pelo incêndio em terrenos rurais e florestais, ao longo de cinco quilómetros de estrada nas margens do rio entre Vila Cova de Alva (Arganil) e Avô (Oliveira do Hospital).

“O incêndio está a avançar a grande velocidade e a situação é extremamente preocupante”, resumiu a fonte municipal.

Lusa

Avião Canadair de reserva já está operacional

O avião Canadair de reserva para combate a incêndios já está operacional depois de ter sido reparado em Castelo Branco, disse hoje fonte da empresa à agêcia Lusa.

Com a reparação do avião de substituição, a Avincis, empresa responsável por estas aeronaves pesadas a operar em Portugal, conta novamente com três aviões CL-215 operacionais baseadas em Castelo Branco "para apoiar as autoridades portuguesas no combate aos incêndios em todo o país", adiantou a mesma fonte.

A entrada em operação do avião de reserva completa o processo de substituição de aeronaves pela empresa, necessária depois de os dois Canadair afetos ao Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR) terem ficado fora de serviço e de ter estado também inoperacional um terceiro de substituição para atuar em caso de eventuais avarias.

Os dois aviões do DECIR já tinham sido substituídos na terça e na quinta-feira.

Na sequência destas avarias, Portugal acionou o mecanismo de cooperação bilateral com Marrocos, que enviou dois aviões Canadair de substituição, que passaram a integrar o DECIR até ao final desta semana e estão a operar a partir da Base Aérea de Monte Real.

Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio desde 02 de agosto e, nas últimas semanas, têm deflagrado vários incêndios no norte e centro do país que já consumiram mais de metade dos cerca de 75 mil hectares de área ardida este ano.

A situação de alerta foi prolongada até domingo, anunciou na quinta-feira a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, no final de uma visita à ANEPC.

"Perante a adversidade de 22 dias consecutivos de calor intenso não dar sinais de abrandar, o Governo vai prolongar uma vez mais a situação de alerta, até domingo”, disse a ministra em declarações aos jornalistas.

Lusa

Volta a ser dominado o fogo de Portalegre e Castelo de Vide

O incêndio nos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide voltou a ser dado como dominado, às 18h40 de hoje, após ser resolvida uma reativação, indicou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Em declarações à agência Lusa, a fonte da ANEPC indicou que os meios mobilizados para essa reativação, na zona onde o incêndio deflagrou na quinta-feira, na Tapada do Loureiro, no concelho de Portalegre, “resolveram a situação”.

Por isso, “o incêndio voltou a ficar em resolução”, ou seja, considerado como estando dominado, indicou, confirmando, quando questionado pela Lusa, que prosseguem trabalhos de consolidação e rescaldo, assim como de vigilância.

Neste sinistro, mantinham-se no terreno, por volta das 19:00, 230 operacionais, auxiliados por 74 viaturas.

Também no distrito de Portalegre, mas no concelho de Nisa, na zona de São Gens, deflagrou um outro incêndio às 18:13 que, às 19:15 de hoje, mobilizava já 93 operacionais, 19 viaturas e quatro meios aéreos, de acordo com a página de Internet da ANEPC, consultada pela Lusa.

“É um incêndio que está a arder com muita intensidade e a queimar mato e sobreiros”, precisou à Lusa a fonte da ANEPC.

Lusa

Luís Montenegro cancela férias devido aos incêndios

O primeiro-ministro cancelou hoje as férias que estavam previstas até sexta-feira, 22 de agosto, devido aos incêndios que estão a afetar várias zonas do país. 

Segundo a fonte do gabinete de Luís Montenegro, citada pela Lusa, o primeiro-ministro “cancelou o período de férias que tinha previsto, entre o dia de hoje e o dia 22 de agosto”, acrescentando que “esteve de férias nos últimos cinco dias, embora com agenda pública em quatro desses dias”.

Montenegro deixa as condolências pela morte de ex-autarca

O primeiro-ministro Luís Montenegro recorreu hoje à rede social X para deixar as condolências do Governo o ex-autarca que morreu no concelho da Guarda no combate aos fogos, pouco tempo depois de ter estado com o Presidente da República, Marcelo Rebelo Sousa, nas instalações da Proteção Civil, em Carnaxide.

"Na Proteção Civil fizemos um ponto de situação sobre os terríveis incêndios que afetam Portugal e que provocaram um morto na Guarda. Deixo as nossas condolências aos seus familiares e a homenagem a todos os homens e mulheres que continuam bravamente a lutar", escreveu o chefe do Governo.

Mais de 200 operacionais em combate no Parque Natural de Douro Internacional

Mais de 200 operacionais combatem hoje um incêndio agrícola na freguesia de Poiares, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, que está a consumir uma área de mato, no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

“Já temos meios no local, mas estamos com dificuldade de mobilização, tendo em conta a pressão das ocorrências que vêm da região centro. Não há meios aéreos disponíveis. O fogo está a dirigir-se para o concelho de Torre de Moncorvo, para a zona de Carviçais ”, disse à agência Lusa o comandante da Sub-região do Douro, Miguel Fonseca.

Segundo o responsável, “as próximas horas serão de muito, mas, muito trabalho, porque o fogo arrancou com muita violência, numa zona de difícil acesso”.

O alerta para a ocorrência foi às 13h17.

De acordo com Miguel Fonseca, houve preocupação no lugar de Martim Tirado, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, “mas para já não há populações ou bem em perigo”.

De acordo com a página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam no terreno às 18h30, 220 operacionais, apoiados por 64 veículos, cinco máquinas de rasto e um meio aéreo.

Lusa

Chega diz ser "inadmissível" que Portugal tenha demorado a solicitar este apoio europeu

O Chega vai questionar o Governo sobre o atraso na ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil no combate aos incêndios florestais, por considerar tratar-se de uma situação "inadmissível".

"Face à gravidade da situação e à necessidade urgente de reforço dos meios de combate, o Chega considera inadmissível que Portugal tenha demorado a solicitar este apoio europeu, colocando em risco vidas humanas, habitações e vastas áreas do território nacional", segundo um comunicado.

Lusa

Forte reativação" no fogo de Portalegre e Castelo de Vide

O incêndio nos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide, dado como dominado hoje de manhã, está novamente ativo, devido a uma “forte reativação” esta tarde na zona onde deflagrou na quinta-feira, revelou a Proteção Civil.

“Houve uma reativação forte, por volta das 16:35, na zona da Tapada do Loureiro, em Portalegre, que foi onde eclodiu o incêndio”, disse à agência Lusa fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e proteção Civil do Alto Alentejo.

Segundo a mesma fonte, “os meios foram reforçados no terreno e temos três meios aéreos que estão a apoiar o combate” às chamas.

“Temos indicações de que a reativação poderá estar a ceder aos meios, mas ainda é prematuro fazer previsões, temos que esperar”, acrescentou.

No restante perímetro do incêndio, de acordo com o comando sub-regional, continuam a ser realizados trabalhos de consolidação e rescaldo, assim como de vigilância.

“Vamos ter que manter alguns cuidados porque vamos ter rotação de ventos”, alertou.

Às 17:30, encontravam-se mobilizados no teatro de operações, além dos três meios aéreos, 240 operacionais, apoiados por 78 viaturas.

A área ardida no incêndio em Portalegre e Castelo de Vide, dominado na manhã de hoje, ronda os 1.300 hectares e as chamas afetaram algumas casas de 2.ª habitação e devolutas, revelaram hoje à Lusa as autoridades.

“No conjunto dos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide, estamos a falar de uma área ardida na ordem dos 1.300 hectares”, estimou o presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita.

Contactado também pela Lusa, o 2.º comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo, João Vaz, confirmou que, para já, essa é a área apontada.

De acordo com o autarca António Pita, a área consumida pelo sinistro é quase toda “dentro do Parque Natural da Serra de São Mamede”.

“E, por isso, além dos outros danos, temos também uma perda grande em termos de biodiversidade”, acentuou.

A Câmara de Castelo de Vide, no distrito de Portalegre, já começou a efetuar o levantamento dos danos provocados pelas chamas, o que deverá ficar concluído dentro de “alguns dias”.

Segundo o autarca, houve um conjunto de casas, cujo número total o município de Castelo de Vide ainda não sabe avançar, afetado pelo fogo.

“Há casas devolutas e casas de segunda habitação que foram afetadas”, indicou, acrescentando que o mesmo aconteceu com “infraestruturas da EDP, de comunicações, da própria linha de caminhos-de-ferro, como um troço do antigo ramal de Cáceres, cercas, vedações e prejuízos na parte florestal.

Lusa

Município de Penedono queixa-se de "ter sido deixado ao abandono pelos altos comandos deste país"

O município de Penedono publicou uma mensagem nas redes sociais, na qual se queixa de "ter sido deixado ao abandono pelos altos comandos deste país", uma vez que, acrescenta, durante 24 horas não houve qualquer meio aéreo disponível.

"Estamos a fazer de tudo, juntamente com toda a nossa população que tem combatido ao nosso lado com todas as suas forças para salvar o que é seu e dos outros, permitindo que seja feito o possível e o impossível para pôr fim a esta tragédia que nos tem assolado", continua a publicação, que dá conta de que o concelho "está a ser cercado" pelo incêndio florestal "que se tem vindo a alastrar por todas as freguesias, vindo de concelhos limítrofes".

Autarca da Guarda avisa que "a situação está incontrolável"

O presidente da Câmara Municipal da Guarda alertou hoje para a situação que se vive no seu concelhos e que apontam para o facto de estar fora de controlo.

"A situação está incontrolável porque os meios são muito insuficientes. Vejo aqui mais viaturas das nossas Juntas de Freguesia equipadas com os kits contra incêndios do que veículos dos bombeiros ou da Proteção Civil", disse Sérgio Costa à agência Lusa.

"As nossas povoações continuam em risco", acrescentou, lembrando que o combate ao fogo está a ser prejudicado pela força do vento, embora não tenha conhecimento de habitações ardidas. "O certo é que arderam armazéns e terrenos agrícolas, mato e barracões em Pêra do Moço e Vila Franca do Deão", frisou.

Dois aviões Fire Boss chegam domingo da Suécia. Governo apela à serenidade

A Suécia vai disponibilizar dois Fire Boss a Portugal, depois do governo ter acionado esta sexta-feira, dia 15 de agosto, o Mecanismo Europeu de Proteção Civil. Os dois aviões de combate a incêndios, que estão neste momento na Bulgária, deverão chegar ao país no domingo, prevê o secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro.

Esta tarde, em declarações aos jornalistas, Paulo Simões Ribeiro adiantou que "é uma parelha que está na Bulgária, sendo oriunda da Suécia e, portanto, julgo que no domingo, na segunda-feira, estará em condições de colaborar no combate aos incêndios".

O secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, faz o ponto da situação acompanhado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e a ministra Maria Lúcia Amaral.
O secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, faz o ponto da situação acompanhado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e a ministra Maria Lúcia Amaral.FOTO: ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

O governante admitiu que o fato de Espanha ter recorrido já ontem ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil poderá reduzir a ajuda a Portugal. "Julgo que essa informação se confirma, mas aquilo que dei nota é o que nós fizemos hoje de manhã e já temos a confirmação da disponibilidade da Suécia", disse quando questionado sobre um eventual impacto em Portugal da antecipação do país vizinho no pedido de ajuda.

Paulo Simões Ribeiro afirmou ainda que "os próximos dias ainda vão ser de grande intensidade", perspetivando-se apenas uma janela de oportunidade na próxima terça-feira. O governante apelou para "a serenidade e a tranquilidade que os próximos dias ainda exigem".

Portugal decidiu acionar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil depois de "um conjunto de contingências que ocorreram desde o dia de ontem", disse. O incêndio na Lousã e as dificuldades provocadas pela força do vento determinaram essa decisão. "Hoje, o nosso Comandante de Operacional deu nota de que havia a necessidade de acionar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e foi isso que fizemos de imediato", afirmou.

Presidente da República apresenta condolências pela morte de ex-autarca

Marcelo Rebelo de Sousa utilizou o site da Presidência para apresentar as "sentidas condolências" pela morte do ex-autarca da freguesia de Vila Franca do Deão, no concelho da Guarda.

"O Presidente da República, que interrompeu as suas férias e regressou ontem ao Palácio de Belém, onde ficará nos próximos dias a acompanhar a grave situação dos incêndios rurais, apresentou, ao princípio da tarde, sentidas condolências ao presidente da Câmara Municipal da Guarda, pelo falecimento do antigo autarca Carlos Dâmaso, vítima de um incêndio que combatia na sua freguesia, solicitando que as transmitisse à família", pode ler-se.

Fogo com origem na Lousã entrou no concelho de Góis

O incêndio que lavra na Lousã passou para o município de Góis e está a ameaçar aldeias de xisto na vertente sudoeste da serra, segundo fonte camarária.

Em informação prestada à agência Lusa, Nuno Bandeira, vice-presidente da Câmara de Góis, explicou que as chamas que eclodiram ao início da tarde de quinta-feira junto à povoação do Candal, na Lousã, atravessaram para o município vizinho e estão a ameaçar as aldeias da Comareira, localizada a 11 quilómetros da sede do concelho, Aigra Nova e Aigra Velha, onde existem vários alojamentos turísticos.

Entretanto, o município ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, devido ao incêndio com origem na Lousã que entrou no município e freguesia de Góis “e ameaça a população”, lê-se num comunicado enviado à Lusa.

Pelas 16:50, de acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio da Serra da Lousã estava a ser combatido por 343 operacionais, apoiados por 101 viaturas e três meios aéreos.

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Pampilhosa da Serra cancela festas no concelho e ativa Plano Municipal

A Câmara de Pampilhosa da Serra anunciou hoje o cancelamento de todo o programa de festas devido ao incêndio que se encontra ativo na zona norte do concelho e a ativação do Plano Municipal de Emergência.

Numa nota enviada à agência Lusa, o município de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, justifica esta decisão, com “a necessidade de concentrar todos os esforços e recursos na salvaguarda de pessoas e bens” em virtude do incêndio que se encontra ativo na zona norte do concelho.

O presidente da Câmara Municipal, Jorge Custódio, revogou ainda todas as licenças emitidas até domingo, o que implica também o cancelamento obrigatório de todas as festas previstas em diversas aldeias do concelho até esse dia.

“Esta decisão, embora difícil, é tomada em nome da segurança, da responsabilidade e do respeito para com todos os munícipes, bem como para com as entidades e profissionais envolvidos no combate ao incêndio”, lê-se na nota.

Lusa

Há aldeias cercadas por chamas nos distritos de Viseu e Guarda

Há aldeias cercadas pelas chamas em concelhos dos distritos de Viseu e Guarda, disse à agência Lusa o comandante da Proteção Civil no terreno que afirmou ter “todos os locais identificados” e com meios localizados.

“Principalmente na zona norte do incêndio, Penedono, Sernancelhe, São João da Pesqueira, mas também em Aguiar da Beira há uma série de situações de risco, porque é onde o incêndio está com mais intensidade”, disse à agência Lusa, pelas 15:10, o segundo comandante regional do Centro.

Jody Rato admitiu ainda que “há várias aldeias rodeadas de chamas”, mas preferiu não identificar, “não só, porque são várias, mas para não criar alarme, porque há meios em todas elas a trabalhar no sentido de rapidamente a situação ser ultrapassada”.

O comandante realçou que, “os bombeiros estão todas a fazer aquilo que são as defesas perimétricas, porque, em primeiro lugar, está a defesa de pessoas e bens, depois aquilo que é o combate”. “O acompanhamento está a ser feito em todas as situações”, assegurou.

*Lusa

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Fogo "à porta" do concelho de Mêda

Segundo vice-presidente de Mêda, César Figueiredo, há uma frente ativa na localidade de Vale Flor e outra entre a Prova e Aveloso, na zona norte do concelho do distrito da Guarda. Esta última frente está agora “à porta” da sede do concelho.

“Em ambas as situações o incêndio está a avançar com muita intensidade, atiçado pelo vento, que varia muito e está a dificultar o trabalho dos operacionais”, referiu.

César Figueiredo adiantou que os meios estão colocados à entrada das localidades para “travar as chamas e evitar o pior, mas precisamos de meios aéreos rapidamente porque a situação estão incontrolável”.

Segundo o vice-presidente da Câmara da Meda, já terão ardido “entre 5.000 a 6.000 hectares” no seu município, sobretudo pastos, floresta, soutos, pinhais, terrenos agrícolas e, hoje, algumas casas de segunda habitação. “Provavelmente, também haverá muitos animais mortos, como ovelhas, cabras e vacas, porque os donos soltam-nos, simplesmente, devido à ameaça do fogo”, afirmou.  

O autarca criticou o plano operacional, considerando que devia haver “melhor organização”.

Quatro bombeiros feridos em Mêda

Quatro bombeiros da corporação da Mêda ficaram feridos enquanto combatiam o fogo em Paipenela, esta quinta-feira, naquele concelho, e foram encaminhados para o Hospital da Guarda.

“Dois deles já tiveram alta, os restantes continuam internados com queimaduras de segundo grau. Estão em observações e não correm risco de vida”, confirmou à agência Lusa o vice-presidente do município, César Figueiredo.

Ex-autarca de Vila Franca do Deão morre em incêndio

O ex-autarca de Vila Franca do Deão, Carlos Dâmaso, é a primeira vítima mortal dos incêndios florestais que assolam o país, destaca a Lusa. A vítima estava desaparecida e o corpo foi encontrado esta sexta-feira em Vila Franca do Deão.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, confirmou que o ex-autarca de Vila Franca do Deão Carlos Dâmaso morreu na sequência do combate às chamas, tendo o seu corpo sido encontrado hoje.

Carlos Dâmaso era novamente candidato à presidência da freguesia de Vila Franca do Deão, no concelho da Guarda, nas eleições autárquicas de outubro, pelo Movimento Independente.

*Lusa

Estrada da Beira cortada em Oliveira do Hospital ao longo de 17 km

A estrada nacional (EN) 17, mais conhecida como Estrada da Beira, foi cortada à circulação num troço de 17 quilómetros em Oliveira do Hospital, para facilitar a deslocação de meios de combate a incêndios, indicou a autarquia. Fonte oficial da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital disse à agência Lusa que o corte da EN17 foi aplicado “em toda a extensão” do troço que atravessa aquele concelho do interior do distrito de Coimbra, entre o acesso ao Itinerário Complementar (IC) 6 e a localidade de Póvoa das Quartas, na fronteira com o município de Seia (Guarda).

“As vias secundárias que entroncam com a nacional 17 também vão ficar todas impedidas, serão só para veículos de socorro”, adiantou a mesma fonte.

*Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa e ministra na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa já está na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide. Na chegada, foi recebido pela ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral. Também está no local o primeiro-ministro Luís Montenegro. Haverá uma reunião entre as autoridades.

Concentração motard de Góis cancelada

A concentração motard de Góis, no interior do distrito de Coimbra, que começou na quinta-feira e deveria decorrer até domingo, vai ser cancelada devido aos incêndios florestais que lavram naquela região, disse fonte da GNR. “Vai haver o cancelamento do evento”, adiantou fonte do comando territorial da GNR de Coimbra sobre a iniciativa anual que reunia cerca de 20 mil pessoas em Góis, concelho localizado entre os municípios da Lousã e de Arganil, onde lavram incêndios florestais de grande dimensão,

De acordo com a mesma fonte, foi dada ordem de evacuação do recinto da concentração, onde estavam milhares de motociclistas.

Entretanto, numa publicação na rede social Facebook, o Moto Clube de Góis, promotor da concentração, indicava, cerca das 12:00, que os motociclistas que desejassem sair do município o fizessem em direção a norte, pela estrada nacional 2, evitando a estrada nacional 342, em direção à Lousã, cuja circulação está condicionada.

Numa publicação anterior, na manhã de hoje, os organizadores avisavam que as inscrições tinham esgotado. Por estes dias eram esperados em Góis participantes de duas dezenas de países, para um evento que reunia 120 expositores e cujo cartaz musical incluía atuações dos Xutos & Pontapés, The Gift, Karetus, ou Peste & Sida, entre outros.

*Lusa

Von der Leyen diz que apoio que Portugal pediu "está a ser mobilizado"

A presidente da Comissão Europeia disse hoje que "a solidariedade não conhece fronteiras" e que "está a ser mobilizado" o apoio de quatro aviões Canadair para auxiliar Portugal no combate aos incêndios florestais.

"A nossa luta contra os incêndios florestais continua. Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil. A solidariedade europeia não conhece fronteiras. O nosso apoio está a ser mobilizado", escreveu Ursula von der Leyen nas redes sociais.

Encontrado corpo carbonizado na Guarda

A SIC Notícias avança que um corpo carbonizado foi encontrado na Guarda, de acordo com a Proteção Civil. O incêndio foi na localidade de Vila Franca do Deão e a vítima estava desaparecida. Segundo a Lusa, trata-se de ex-autarca da cidade.

Orientações da GNR à população

  • As queimas e queimadas são das principais causas de incêndios em Portugal;

  • Evitar deslocações para as zonas dos incêndios, se não estiver envolvido no combate. A sua presença poderá dificultar as atividades de combate;

  • Seguir as indicações das autoridades que se encontram no terreno;

  • Comunicar aos militares da GNR qualquer atividades ou ação que possa levar à ocorrência de incêndios;

  • Ligar 112, caso presencie a ocorrência de um incêndio.

Atualização das vias interditas à circulação - 14h20min

A Guarda Nacional Republicana (GNR) atualizou às 14:20 as vias interditas por causa dos incêndios pelo país:

  • Distrito de Coimbra – EN 230 (nos dois sentidos), corte entre Quinta da Tapada e Parede e nas proximidades da localidade de Avô;

  • Distrito de Coimbra – EN 342 (nos dois sentidos), corte na localidade de Avô;

  • Distrito de Coimbra – EN 236 (nos dois sentidos), corte na localidade de Candal;

  • Distrito de Coimbra – EN 344 (nos dois sentidos), corte nas proximidades das localidades de Cerdeira, Parroselos, Relva Velha e Camba;

  • Distrito de Viseu – EN 321 (nos dois sentidos), corte na localidade de Travassos;

  • Distrito de Viseu – EN 226 (nos dois sentidos), corte entre a localidade de Penso e a EM 533;

  • Distrito de Guarda – EN 226 (nos dois sentidos), corte nas proximidades das localidades de Ponte Abade, Rio de Mel e Peroferreiro;

  • Distrito de Guarda – EN 331 (nos dois sentidos), corte nas proximidades das localidades de Ranhados, Mêda, Castainço, Penedono, Macieira e Sernancelhe;

  • Distrito de Guarda – EN 229-1 (nos dois sentidos), corte entre as localidades de Antas e Trancoso.

Comissão Europeia já "está a mobilizar" aviões que Portugal pediu

A Comissão Europeia disse hoje à Lusa que está a "mobilizar o apoio" que Portugal pediu, no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, para ajudar a combater os incêndios florestais no país. "Sim, Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, nós estamos a mobilizar o apoio que o país pediu", disse à Lusa a porta-voz do executivo comunitário europeu Eva Hrncirova.

Presidente de São João da Pesqueira preocupado com Paredes

O presidente da Câmara de São João da Pesqueira, Manuel Cordeiro, manifestou-se hoje muito preocupado com as chamas que assolam a localidade de Paredes, com cerca de 600 habitantes, considerando que a situação está muito má.

“Aqui em Paredes está muito mau, muito mau mesmo, Está mesmo ao lado de duas casas e, se atravessar a estrada, entra no aldeamento. Estou aqui a insistir para ter mais meios aéreos”, disse à agência Lusa Manuel Cordeiro por volta das 13:00.

Manuel Cordeiro acrescentou que a estrada em causa é uma municipal que liga Trevões a Paredes e vai até Riodades.

“Neste momento, não vejo a possibilidade de evacuar Paredes, para já, porque não sei. Estamos aqui com tratores e a molhar os terrenos, mas vamos ver”, reforçou.

*Lusa

No dia em que o fogo provoca a morte a ex-autarca na Guarda, Governo pede ajuda e Montenegro cancela as férias
Sete anos depois, que vida após os incêndios? “Fiquei em cinzas, sem viver, mas ergui-me”
No dia em que o fogo provoca a morte a ex-autarca na Guarda, Governo pede ajuda e Montenegro cancela as férias
Os lobos solitários que queimaram mais de dois milhões de hectares em 10 anos

Luís Montenegro na sede da Proteção Civil às 15:00

O primeiro-ministro Luís Montenegro visita a sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, esta tarde. De acordo com o gabinete, a visita será às 15:00.

"Na Europa, nenhum país está sozinho"

Numa mensagem escrita em português, Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, disse que "na Europa, nenhum país está sozinho. A palavra solidariedade tem um significado real". A publicação foi realizada no X (antigo Twitter).

A líder europeia confirmou o pedido de ajuda de Portugal. "Portugal ativou o Mecanismo de Proteção Civil da UE e estamos ao seu lado na luta contra os incêndios florestais", complementou, mencionando o perfil oficial de Luís Montenegro na mensagem.

Aguiar da Beira à espera que chegue ajuda “o mais rapidamente possível”

Aguiar da Beira está “à espera que chegue ajuda, o mais rapidamente possível” para travar o incêndio que está cada vez mais perto de várias povoações na zona de Ponte do Abade, alertou hoje o presidente da Câmara.  “É uma situação muito crítica. Só temos os bombeiros de Aguiar da Beira no terreno e um helicóptero a fazer descargas. Isso não chega face à intensidade do fogo, que está a dirigir-se para as povoações”, disse Virgílio Cunha, autarca de Aguiar da Beira, à agência Lusa.

O presidente do município do distrito da Guarda adiantou que o incêndio está em Ponte do Abade, Sequeiros, Barranha e Lezíria, na União de Freguesias de Sequeiros e Gradiz, no limite do concelho.

“O incêndio está numa zona de fronteira entre concelhos e é cada um por si. É um descontrolo total e aflitivo porque não temos meios para combater as chamas”, realçou. Virgílio Cunha acrescentou que se trata de uma zona com “muita floresta” e povoações muito próximas.

“Estamos a avaliar se avançamos com a evacuação do lar de Ponte do Abade, está tudo pronto para isso”. O presidente da Câmara de Aguiar da Beira referiu que, até agora, arderam armazéns e barracões agrícolas, alfaias, povoamentos florestais, matos e terrenos agrícolas.

“Felizmente, não houve casas afetadas, mas, como isto está, não estamos livres que isso aconteça porque o fogo está a dirigir-se para as povoações”, declarou.

*Lusa

Gouveia e Melo critica políticos

Numa publicação no Facebook, Gouveia e Melo, candidato à presidência, comentou sobre a situação dos incêndios no país, deixando críticas ao Governo. "Noutros pontos do país, há quem brinde às férias e tire fotografias sorridentes em eventos políticos de verão", escreveu. “Um verdadeiro líder, mesmo sem poder fazer mais, está a frente com o seu povo”.

Leia aqui a publicação completa.

Primeiro-ministro interrompe as férias

A SIC Notícias avança que Luís Montenegro juntou-se ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide. O líder do país assim, interrompe as férias no Algarve para acompanhar mais de perto a situação. Nos últimos dias, Montenegro tem vindo a ser alvo de críticas nas redes sociais por estar em férias enquanto o país enfrenta sérios incêndios.

"Tememos que possa ser pior ou igual do que o de 15 de outubro (de 2017)"

Ouvida hoje pela Lusa, a presidente da Junta de Freguesia de Alvoco das Várzeas, Cátia Alves, disse que o fogo está a evoluir em direção à Aldeia das Dez, onde residem quase meio milhar de pessoas, que “estão em alerta”.

“O fogo está a correr com grande velocidade, o incêndio está descontrolado e tememos que possa ser pior ou igual do que o de 15 de outubro [de 2017, passam no dia de hoje sete anos e dez meses]. Está um vento terrível, que complica o trabalho e a atuação dos bombeiros”, enfatizou a autarca.

“Os bombeiros estão a proteger casas, de resto não tem meios. Isto vai ser um incêndio mais duradouro [do que o de 2017], ou seja, não se propaga com tanta rapidez, mas fica a arder muitos dias”, declarou.

*Lusa

Sinos tocaram a rebate na Aldeia das Dez em Oliveira do Hospital

Os sinos tocaram hoje a rebate na povoação de Aldeia das Dez, Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, para alertar a população face à aproximação do incêndio com origem em Arganil, disse fonte autárquica.

As chamas, que tinha entrado no território concelhio de Oliveira do Hospital ao final de quarta-feira, dia de deflagração do incêndio na freguesia do Piódão e evoluíram lentamente nas vertentes do monte do Colcurinho, acabaram por provocar o caos na quinta-feira, com populares e autarcas a temer que se viesse a repetir o sucedido em outubro de 2017, quando o fogo atravessou os rios Alvoco e Alva e atingiu a malha urbana concelhia.

Vias cortadas em Sernancelhe, Penedono e Aguiar da Beira

Os municípios de Sernancelhe, Penedono, Cinfães e ainda Trancoso e Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, têm estradas nacionais e municipais cortadas devido aos incêndios, disse à agência Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Segundo fonte da GNR, estão cortadas ao trânsito:

A Estrada Nacional (EN) 331, em Penedono, entre Castaínço e Macieira.

A EN229-1, entre Antas, Sernancelhe, distrito de Viseu, e Trancoso, distrito da Guarda.

A EN 229, em Aguiar da Beira, distrito da Guarda, entre a Ponte do Abade e Aguiar da Beira.

A Estrada Municipal (EM) 506, em Sernancelhe, entre Sernancelhe e Ferreirim.

A Estrada Regional 321, em Cinfães, entre Travassos e Tendais.

*Lusa

Aviões podem chegar este sábado

Mário Silvestre disse não saber precisar quando os aviões Canadair podem chegar, mas prevê que podem ser já este sábado, se procedimento for "célere". Ainda de acordo com o comandante, Portugal é o "sétimo país da Europa a ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil”. Os aviões Canadair vão somar-se aos aviões enviados por Marrocos, mediante acordo bilateral com o país.

24 ocorrências, 16 no período noturno

Após o anúncio do pedido de ajuda europeu, o comandante fez um ponto de situação. O país teve, até o momento (12:00) 24 ocorrências, sendo 16 no período noturno. Foram empenhados 433 operacionais.

Em curso, continuam as seis ocorrências "que representam maior preocupação", sendo estas Trancoso, Sáton, Piódão, Travasso-Sinfãs e Lousã. "Estas ocorrências empenham, neste momento, um total de 2.850 operacionais e 960 veículos e 32 meios aéreos", explicou Mário Silvestre.

Foram criadas sete zonas de apoio às populações para garantir o acolhimento de todos os que tenham eventualmente de abandonar as suas casas, duas em Sátão e cinco em Piodão. Quanto a ferimentos, indicou que um bombeiro ficou ferido e dois transportados para unidades hospitalares, assim como um civil asissitdo e dois reecaminhados para hospitais.

*Com Lusa

Governo ativa mecanismo europeu e faz pedido de ajuda

O anúncio foi realizado há instantes por Mário Silvestre, comandante nacional de Emergência e Proteção Civil. Segundo a autoridade, foi solicitado apoio com aviões Canadair para o combate aos incêndios, em especial na Lousã.

"Foi decidido ativar o mecanismo europeu de proteção civil e solicitar apoio com aviões Canadair até o próximo dia 18. Isto foi a submissão que foi feita e, portanto (...) esta decisão foi em virtude dos acontecimentos desta noite relativamente à dificuldade de supressão dos incêndios", explicou o comandante.

Mário Silvestre explicou que a decisão foi baseada "no desenvolvimento que os incêndios tiveram durante a noite de hoje", que esperavam conter "e que não se veio a verificar". Citou ainda o incêndio da Lousã, "que ontem começou durante a tarde e não conseguimos suprimir, como contávamos durante a noite".

Presidente da República na Autoridade de Proteção Civil ao início da tarde

O Presidente da República desloca-se ao início da tarde à sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, para assistir a um ponto da situação sobre os incêndios, disse à Lusa fonte de Palácio de Belém.

De acordo com a mesma fonte, Marcelo Rebelo de Sousa deverá reunir-se na sede daquele organismo, em Oeiras, com a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, e com o secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro.

Marcelo Rebelo de Sousa deverá assim interromper o período de férias no Algarve para se inteirar da evolução dos incêndios que assolam sobretudo a região centro do país. A Autoridade Nacional de Proteção Civil tem ainda previstos briefings para as 12:00 e as 19:00 na sua sede em Carnaxide, Oeiras.

*Lusa

Dominado fogo em Portalegre e Castelo de Vide, segundo Proteção Civil

O incêndio dos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide foi considerado dominado às 10:19 de hoje, revelou à agência Lusa fonte da Proteção Civil, realçando que os meios estão agora posicionados nas áreas mais críticas.

“O incêndio está dominado na totalidade, o que confirmámos às 10:19, após um reconhecimento aéreo a todo o perímetro”, disse o 2.º comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo, João Vaz.

Segundo o mesmo responsável, o sinistro queimou “um pouco de tudo, eucaliptal, pinho, matos, pasto, sobreiros, entrou na Serra de São Paulo, mas não chegou a entrar na Serra de São Mamede”.

Além disso, continuou, foram afetadas “algumas habitações” na zona de Castelo de Vide, “dispersas e situadas na orla florestal”, mas o levantamento desses danos está a ser efetuado pela câmara municipal deste concelho alentejano, no distrito de Portalegre.

O incêndio “tem um perímetro de sete quilómetros, ou seja, da cauda até à orla, mas depois toda a orla estende-se por 33 quilómetros”, indicou ainda João Vaz.

*Lusa

Incêndio em Arganil ameaça Mata da Margaraça

O incêndio florestal que lavra há mais de 48 horas no município de Arganil, distrito de Coimbra, está a evoluir em várias frentes, ameaçando aldeias e a ‘joia ambiental’ da Mata da Margaraça, disse o presidente da Câmara. Ouvido pela Lusa, Luís Paulo Costa manifestou-se muito preocupado com a evolução do incêndio no seu concelho, antecipando muitos problemas ao longo do dia, com frentes de fogo a norte, oeste e sudoeste do local onde o incêndio eclodiu na freguesia do Piódão, na quarta-feira, situadas a quase dez quilómetros em linha reta da origem.

“Neste momento a Mata da Margaraça está ameaçada, ainda não ardeu, mas o fogo está nas imediações, na mesma encosta. Está a ser feito lá um trabalho do sentido de tentar fazer a contenção do incêndio, mas está difícil”.

Segundo o autarca, há ainda outra frente de fogo que lavra para sudoeste, na direção de Porto Castanheiro, perto da zona onde se disputa o troço de Arganil do Rali de Portugal.

Pelas 10.50, de acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio de Arganil estava a ser combatido por 911 operacionais, apoiados por 307 viaturas e dez meios aéreos.

*Lusa

Presidente da Câmara de Arganil compara situação com 2017

Em declarações à Antena 1, Luís Paulo Costa, presidente da Câmara de Arganil, disse que a intensidade do fogo e a evolução do incêndio “cheira muito a 2017”. Recorda-se que 2017 foi o ano mais dramático em relação aos incêndios no país. Já em entrevista à Rádio Observador, manifestou aquilo que outros autarcas na mesma situação criticam: a falta de meios. “Aquilo que neste momento constatamos é uma falta muito preocupante de meios”, afirmou Luís Paulo Costa.

Fogo em Pampilhosa da Serra obriga à evacuação da aldeia de Covanca

A aldeia de Covanca, em Pampilhosa da Serra, vai ser evacuada devido ao agravamento do incêndio que lavra desde quarta-feira naquele concelho do distrito de Coimbra. Em declarações à agência Lusa, às 09:34, o presidente da Câmara de Pampilhosa da Serra disse que a situação no seu concelho está a agravar-se, sobretudo por causa das condições climatéricas adversas.

“O incêndio não nos deu descanso durante toda a noite. Tem uma extensão muito grande. Neste momento estamos a preparar-nos para evacuar a aldeia de Covanca”, disse Jorge Custódio. O autarca explicou ainda que Covanca é atualmente habitada por cerca de 300 pessoas.

Esta aldeia situa-se no extremo nordeste do concelho de Pampilhosa da Serra e nos seus limites encontram-se as linhas divisórias de três concelhos, Pampilhosa da Serra, Arganil e Covilhã, consequentemente de dois distritos, Coimbra e Castelo Branco. “Os habitantes vão ser retirados para as instalações da secção de bombeiros de Unhais-o-Velho”, informou Jorge Custódio.

*Lusa

Fogo em Portalegre e Castelo de Vide "90% dominado", diz Proteção Civil

Os operacionais já dominaram 90% do incêndio que deflagrou, na quinta-feira, no concelho de Portalegre e se estendeu ao município vizinho de Castelo de Vide, revelou hoje à agência Lusa fonte da Proteção Civil.

A fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo indicou que, no último balanço efetuado com o comando no terreno, às 07:10, “o incêndio estava 90% dominado”.

“Os dados indicam que o combate está bem encaminhado e que o incêndio está a ceder aos meios” que se encontram no teatro de operações, acrescentou. Questionada sobre eventuais feridos, a fonte disse que, em relação aos operacionais envolvidos no combate às chamas, há quatro feridos ligeiros, concretamente um sapador florestal e três bombeiros.

Em relação a habitantes ou a casas afetadas, o comando sub-regional não tem, para já, informações sobre isso. Às 09:15, encontravam-se envolvidos nos trabalhos de combate às chamas 260 operacionais, apoiados por 83 veículos e um meios aéreo.

*Lusa

Três bombeiros feridos

De acordo com o segundo comandante regional do Centro, Jody Rato, foram “registados três feridos ligeiros, coisas ligeiras, e um bombeiro que foi assistido, muito por causa do fumo nos olhos que, depois de uma boa limpeza permite que volte ao ativo”.

Pelo caminho, as chamas já deixaram destruição “em algumas habitações, falta confirmar se há de primeira habitação, mas a maior parte deverão ser devolutas e de segunda habitação, há ainda veículos afetados, armazéns e empresas”.

“O levantamento está a ser feito, mas a prioridade é o combate”, realçou Jody Rato. Para o dia de hoje “é esperado um trabalho muito árduo, um dia difícil, não só pela área imensa, como agravado com aquilo que tem condicionado o combate que é a acessibilidade e as condições meteorológicas”.

*Lusa

Chamas de Trancoso e Sátão alastram a outros oito municípios

Os incêndios que começaram em Trancoso e Sátão afetam atualmente 10 municípios e têm três frentes ativas muito grandes, disse à agência Lusa o segundo comandante regional do Centro, Jody Rato. “Os incêndios de Trancoso e de Sátão estavam muito perto, quase a interagir, havia já zonas em que estavam a menos de 10 quilómetros e nesse sentido absorvemos o comando que, agora, é só um e temos 10 municípios”, adiantou à agência Lusa, cerca das 09:00, o comandante no terreno, Jody Rato.

O incêndio afeta os municípios de Sátão, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Penedono e “também já a entrar” em São João da Pesqueira (distrito de Viseu); Aguiar da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres, Meda e Celorico da Beira (distrito da Guarda).

“Neste momento tem três frentes ativas muito grandes. Uma delas com mais de 20 quilómetros de frente. A zona de maior preocupação é na zona norte, na cabeça, porque é onde está com maior intensidade, ou seja, em Penedono e em São João da Pesqueira”, adiantou.

Jody Rato acrescentou que em todo o perímetro deste incêndio estão 1.368 operacionais a trabalhar, 461 veículos, com mais sete máquinas de rasto e, neste momento, cerca das 09:00, “estão a ser mobilizados meios aéreos”.

*Lusa

GNR reforça patrulhamento e vigilância face ao agravamento do risco de incêndio

A Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou o reforço do patrulhamento de visibilidade e a vigilância em áreas florestais e agrícolas de risco elevado, muito elevado e máximo, "com o objetivo de dissuadir comportamentos negligentes e detetar precocemente situações suspeitas". O reforço ocorre diante do agravamento do perigo de incêndio em várias zonas do território nacional.

A GNR também "tem vindo a intensificar os esforços na investigação das causas dos incêndios, procurando apurar a origem de cada ocorrência com o máximo de rigor". Está em curso "um trabalho contínuo que visa investigar todos os incêndios, no mais curto espaço de tempo".

Aviso laranja devido ao calor estendido até domingo em sete distritos

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera estendeu até às 18:00 de domingo o aviso laranja, o segundo mais grave, em sete distritos por causa do calor. De acordo com um comunicado do IPMA, o aviso laranja vai estar ativo em Bragança, Évora, Guarda, Faro, Beja, Castelo Branco e Portalegre até às 18:00 de domingo, devido à “persistência de valores muito elevados da temperatura máxima”.

Em Vila Real e Viseu, o aviso laranja vigora até às 00:00 de sábado, baixando depois para amarelo, o menos grave de uma escala de três. Também sob aviso amarelo devido ao calor estão até às 18:00 de hoje os distritos de Leiria e Coimbra, enquanto Santarém se prolonga até às 18:00 de sábado e em Setúbal até às 18:00 de domingo.

* Lusa

Mais de 3.500 operacionais mobilizados às 08:00 para os seis maiores fogos

Mais de 3.500 operacionais combatiam às 08:00 37 incêndios ativos em todo o país, seis deles a mobilizar o maior número de meios, segundo a Proteção Civil. De acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam no terreno 3.569 operacionais, auxiliados por 1.200 meios terrestres.

Os fogos mais significativos são os de Sátão (Viseu) e Arganil (Coimbra), que concentram maior número de meios, num total de 1.675 operacionais no terreno.

O fogo em Vila Boa, no concelho de Sátão, distrito de Viseu, que começou na madrugada de quarta-feira e, no mesmo dia, chegou aos municípios de Sernancelhe (Viseu) e de Aguiar da Beira (Guarda) tinha, pelas 08:00, 847 operacionais no terreno, apoiados por 285 viaturas.

O fogo de Arganil, que deflagrou na freguesia do Piódão na madrugada de quarta-feira, alegadamente provocado por uma descarga elétrica da trovoada seca que se fez sentir naquela zona, mantinha 828 operacionais auxiliados por 290 meios terrestres.

Já no fogo que deflagrou em Trancoso, distrito da Guarda, estavam envolvidos 515 operacionais no combate às chamas, com o auxilio de 178 meios terrestres, num incêndio que alastrou para os concelhos de Fornos de Algodres, Aguiar da Beira, Celorico da Beira e Sernancelhe.

Ainda no concelho de Trancoso, um fogo com início na quarta-feira em A-do-Cavalo mobilizava 52 bombeiros.

Na serra da Lousã, distrito de Coimbra, o incêndio que começou na quarta-feira mobilizava 290 operacionais, com 87 viaturas de combate ao fogo, depois de durante a tarde ter evoluído “com duas frentes” e obrigado à retirada preventiva de 53 pessoas de várias aldeias.

O fogo que lavra no concelho de Portalegre, mantinha pelas 08:00 de hoje 246 operacionais auxiliados por 81 meios terrestres.

Quanto ao incêndio de Cinfães (Viseu), tinha no terreno 100 operacionais e 28 viaturas.

Estes são os maiores fogos incluídos pela Proteção Civil na lista de incêndios rurais em curso (ainda não dados como dominados/em resolução) de entre as denominadas “ocorrências significativas”, assim descritas pela duração ou pelo número de meios envolvidos.

*Lusa

Seis grandes fogos combatidos esta manhã

Bom dia. O DN inicia mais uma cobertura da situação dos incêndios pelo país. Acompanhe aqui.

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