Retomadas buscas pelos dois desaparecidos após colisão entre catamarã e barco de pesca no Tejo
D.R.

Retomadas buscas pelos dois desaparecidos após colisão entre catamarã e barco de pesca no Tejo

Os desaparecidos são dois homens, de 26 e 32 anos, informou o capitão do Porto de Lisboa, indicando que a probabilidade de os encontrar com vida é "extremamente reduzida ou negativa neste momento".
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Foram retomadas na manhã desta terça-feira as buscas pelos dois desaparecidos da colisão de um catamarã de passageiros e uma embarcação de pesca no rio Tejo, que fez também dois feridos ao final da tarde de ontem.

As operações de busca englobam um dispositivo com cinco embarcações, das quais duas são da capitania de Lisboa e uma da capitania de Cascais e as restantes são dos Bombeiros de Cacilhas e dos Bombeiros Sapadores de Lisboa, explicou o capitão do porto de Lisboa, o comandante Paulo Vicente.

"Estas cinco embarcações vão cobrir toda a zona onde se deu o acidente. Entretanto, já se deu um ciclo de maré, que vai começar a vazar. Vamos aproveitar este ciclo, vamos varrer toda a zona quer da margem através de patrulha da polícia marítima quer com estas cinco embarcações. Vamos esperar pelos bons resultados", afirmou o responsável aos jornalistas, indicando que as operações estão também a recorrer a drones.

"Vamos ter também patrulhas apeadas e vamos ter, sobretudo, muitos olhos no rio, porque há muita atividade no rio Tejo", acrescentou.

O perímetro de buscas abrange "a área que vai de Lisboa até ao Seixal/Barreiro". As autoridades não descartam, no entanto, a possibilidade de alargar o perímetro de buscas, além da Ponte 25 de Abril.

O capitão do porto de Lisboa afirmou que não foi assinalada a "necessidade de ter um meio aéreo, um helicóptero". "Foi acionado logo de início para tentar encontrar os desaparecidos ainda com vida. Passadas estas horas, a probabilidade é extremamente reduzida ou negativa neste momento", afirmou.

Os desaparecidos são dois homens, de 26 e 32 anos, informou o capitão do Porto de Lisboa. "Neste momento o que esperamos é ter sucesso nestas buscas. As pessoas que usam o rio vão também estar atentas, há divulgação de informação", disse o comandante Paulo Vicente.

Na segunda-feira, o capitão do porto de Lisboa tinha explicado que foi o mestre da embarcação de passageiros que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa a dar o alerta, pelas 17:05, que tinha colidido com uma "embarcação mais pequena", com quatro ocupantes, dois dos quais foram resgatados junto ao cais da Margueira e assistidos pelos bombeiros de Cacilhas.

Os dois feridos, um com gravidade e outro ligeiro, foram transportados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada.

A Transtejo/Soflusa anunciou, numa resposta enviada à agência Lusa, a "instauração imediata de um inquérito interno" para apuramento das circunstâncias e responsabilidades do acidente.

A empresa explicou que pelas 16:55 o navio catamarã "Antero Quental", que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa, foi alvo de abalroamento por uma embarcação de pesca, adiantando que o mestre do navio tentou evitar o embate, designadamente com vários alertas sonoros, e que estes foram ignorados pela embarcação de pesca.

A Transtejo Soflusa, empresa responsável pela ligação fluvial entre o Seixal, Montijo, Cacilhas, Barreiro e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, adiantou ainda que o transporte de passageiros na ligação fluvial Barreiro - Terreiro do Paço mantém-se ativo e regular.

Alta hospitalar para um dos feridos

Um dos feridos que se encontrava na embarcação de pesca que colidiu na tarde de segunda-feira com um catamarã de passageiros no rio Tejo já teve alta hospitalar, disse à Lusa fonte do Hospital Garcia de Orta, em Almada.

O barco de pesca colidiu com um catamarã que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa, causando dois feridos e dois desaparecidos.

Segundo a mesma fonte, o outro ferido continua internado, "a receber os tratamentos adequados à sua situação".

Com Lusa

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