Os alunos de 4.º e 6.º anos realizaram, este ano, as provas de Monitorização das Aprendizagens (ModA), com resultados positivos no 1.º ciclo. A média das provas de Português, Matemática e Inglês fixou-se acima dos 50%. Já os estudantes de 2.º ciclo, avaliados nas disciplinas de Português, Matemática e História e Geografia de Portugal (HGP) só conseguiram chegar à média positiva a Matemática. Os resultados foram conhecidos em setembro, mas esta terça-feira (11 de novmebro) foi divulgado o relatório detalhado do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), onde constam os resultados por zona geográfica, com variações significativas. No que se refere ao 4.º ano, as médias são positivas em todas as provas no Norte e Centro. Já na Península de Setúbal, apenas Inglês não tem média negativa. O mesmo se passa no Oeste e Vale do Tejo, Algarve, Alentejo e nos Açores. No 2.º ciclo, o panorama é quase idêntico. Setúbal, Alentejo, Algarve e Açores apresentam médias negativas em todas as disciplinas avaliadas. 9.º ano: Norte, Centro e Madeira com resultados superiores à média nacional na prova de MatemáticaQuanto aos resultados nacionais das provas finais de 9.º ano, na disciplina de Português, 69,2% dos alunos obtiveram uma classificação igual ou superior a 50%, enquanto na prova final de Matemática, 49,2% dos alunos obtiveram classificação igual ou superior a 50%.Segundo o relatório divulgado pelo IAVE, relativamente à prova de Português, o valor da média nas diversas regiões não apresenta divergências significativas. Já no que se refere ao exame de Matemática, Alentejo, Algarve, Península de Setúbal e Açores são as zonas que apresentam médias mais baixas, com valores abaixo dos 50%. Nesta prova, as regiões Norte, Centro e Madeira têm médias mais elevadas e superiores à média nacional. A zona Norte apresenta ainda a média mais elevada nas provas de Português (59,5%) e de Matemática (54,4%), seguida do Centro, com médias de 58,8% e 53,9%, respetivamente. A Região Autónoma dos Açores regista a média mais baixa nas provas de Português (55%) e de Matemática (45,5%), seguida da Península de Setúbal, cujas médias são 55,1% e 46,5%. Nestas avaliações de 9.º ano, todos os valores apontam para diferenças relevantes entre os resultados dos alunos do ensino público e dos alunos do ensino particular e cooperativo, em todas as provas e em todos os domínios/temas avaliados. “A diferença mais significativa verifica-se na prova de Matemática, cuja diferença entre as médias destas coortes de alunos é de 17,2 pontos percentuais”, pode ler-se no relatório.Regiões com maior escassez de professoresAs regiões com piores resultados nas provas do Ensino Básico coincidem com as zonas apontadas pelos Ministério da Educação, Ciência e Inovação como sendo críticas no que se refere ao número de alunos sem aulas, à exceção dos Açores. Recorde-se que o Governo abriu, em outubro, mais 1800 vagas para vinculação extraordinária de professores em zonas carenciada para Educadores de Infância e para os docentes dos Ensinos Básico e Secundário em Quadros de Zona Pedagógica das regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve. De acordo com um comunicado emitido pelo ministério de Fernando Alexandre, estas vagas foram abertas “em zonas do país sinalizadas com carência de docentes” e “procuram fixar professores através de um vínculo estável e permanente, sendo esta uma das formas de responder às dificuldades das escolas localizadas naqueles territórios em recrutar professores”. O prazo para apresentação da candidatura termina às 23h59 do dia 14 de novembro.