Primeiro-ministro defende que próximo papa deve ser “alguém que é escutado”
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Primeiro-ministro defende que próximo papa deve ser “alguém que é escutado”

Luís Montenegro considerou que Francisco foi “uma figura ímpar” e salientou a “relação estreita” que tinha com Portugal.
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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu este sábado que o próximo papa deve ser “alguém que é escutado”.

“Eu acho que é importante que a figura do papa continue a ser de alguém que é escutado. Não basta falar, é preciso ser escutado, há uma grande diferença entre falar e ser escutado, e este papa conseguiu, fruto da sua autenticidade por um lado, fruto da sua simplicidade por outro, da proximidade e depois do acolhimento que a sua palavra também encontrava”, afirmou à Lusa e à Rádio Renascença em Roma, após o funeral do papa Francisco. Luís Montenegro defendeu ainda que é preciso “alguém que tenha esta capacidade, este impacto, isso constrói-se, às vezes não é fácil e não é imediato”.

 “Acho que ele foi marcante, mas a história ensina-nos que esses espaços acabam por ser preenchidos e nós temos esperança que outras figuras poderão emergir com novos perfis, novos carismas, mas também com impacto. Não quero ter aqui uma visão apocalíptica a seguir a um Papa com esta dimensão, não virá outro, eventualmente com ideias diferentes, mas com igual capacidade de fazer o mundo pensar, de fazer o mundo evoluir, de ser um despertar para as decisões boas e para não só as boas orações, mas também para as boas tomadas de decisão”, afirmou.

Sobre a possibilidade de o próximo papa ser um dos quatro cardeais portuguêses que vão participar no conclave, o primeiro-ministro considerou que seria “uma grande notícia” e salientou que são todos “excelentes representantes”, mas não quis alongar-se em considerações.

“Não quero sequer dizer nada, até porque nós sabemos, há aqui este ditado que diz que quem entra papa sai cardeal, e portanto nem sequer vou comentar para não agoirar”, disse.

Sobre o papa Francisco, Luís Montenegro considerou que foi “uma figura ímpar” e salientou a “relação estreita” que tinha com Portugal, “que construiu, não era uma coisa que o tivesse acompanhado toda a vida, foi uma coisa que emergiu do seu pontificado e das suas visitas a Portugal”.

A delegação que representou o Estado português nas cerimónias fúnebres do papa Francisco foi constituída pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

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