Aguiar-Branco: "Espero que sigam o exemplo do legado do papa Francisco"
O presidente da Assembleia da República considerou que o funeral do papa foi um “momento de homenagem a uma figura única, que mereceu justo reconhecimento por parte de milhares de pessoas e também daqueles que têm o poder no mundo”.
“Espero é que sigam o exemplo do seu legado e que também eles, aqueles que têm o comando do mundo, possam ter ações concretas, iniciativas concretas que conduzam àquilo que foi sempre a missão do papa, que foi a paz”, salientou em declarações à Lusa e à Rádio Renascença.
José Pedro Aguiar-Branco considerou que a presença de mais de uma centena e meia de delegações oficiais estrangeiras mostrou “que a importância que este pontificado teve para o mundo foi muito grande, em nome da paz, em nome da fraternidade, da misericórdia, mas também com ações concretas que ele desenvolveu ao longo do seu pontificado”.
O presidente do parlamento considerou também que o papa “genuinamente sempre transmitiu a todos uma relação de proximidade, de transparência, de ser genuíno” e na cerimónia, que decorreu na Praça de São Pedro, no Vaticano, sentiu-se “essa emoção, esse sentimento de proximidade de alguém que tocou verdadeiramente no seu coração, de todos, de todos, todos, todos”.
Aguiar-Branco integrou comitiva portuguesa que esteve presente nas cerimónias fúnebres do papa Francisco. No Vaticano estiveram também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
O Papa Francisco foi sepultado em privado na Basílica de Santa Maria Maior, depois das cerimónias fúnebres na Basílica de São Pedro. O túmulo poderá ser visitado já a partir da manhã de domingo, sendo expectável uma grande afluência ao local.
O sumo pontífice morreu na segunda-feira aos 88 anos, após 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano.
Portugal decretou três dias de luto nacional.