Parto numa rua do Carregado. Mãe e bebé deverão ter alta esta quarta-feira
Miguel Pereira/Global Imagens

Parto numa rua do Carregado. Mãe e bebé deverão ter alta esta quarta-feira

A ministra da Saúde solicitou à IGAS a abertura de um processo de inquérito para se apurar os factos do atendimento da Linha SNS24 à mulher que teve o bebé numa rua do Carregado, em Alenquer.
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Deverão ter alta esta quarta-feira, 13 de agosto, a mulher que teve o bebé numa rua do Carregado, concelho de Alenquer, e a recém-nascida, segundo disse à Lusa a Unidade Local de Saúde da Lezíria. Mãe e filha foram transportadas para o Hospital de Santarém, depois do parto em plena via pública, e estão bem de saúde.

Grávida de 40 semanas e cinco dias, a mulher de 28 anos deu à luz numa rua do Carregado na manhã de segunda-feira, 11 de agosto, por volta das 10h30, conforme a notícia avançada pelo Correio da Manhã.

Soraia começou a sentir contrações pouco depois das 09h00, tendo a mãe da grávida ligado para a linha SNS 24 para pedir uma ambulância. Terá recebido a indicação para que a grávida se deslocasse para o hospital numa viatura particular. O 112 foi depois contactado, mas terá demorado a responder à chamada e o parto acabou por realizar-se em plena rua, em frente à esplanada da pastelaria onde tinha ido de manhã com a família.

Ana, moradora na rua onde ocorreu o parto, contou à Lusa que passava pouco das 10h00 quando começou a ouvir gritos de uma mulher a dizer "Não quero, não quero". O pai da mulher estava a ampará-la, enquanto a mãe estava ao telefone. A mulher, em trabalho de parto, deitou-se junto a um pequeno muro e cerca das 10h30 nascia uma menina, contou a mesma moradora.

A mãe e a bebé foram depois levadas para o Hospital de Santarém.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, solicitou à Inspeção-Geral das Atividades de Saúde (IGAS) a abertura de processo de inquérito para se apurar os factos relativos ao atendimento dado à mulher pela Linha SNS24 e pela própria Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo.

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Segundo apurou o DN, o inspetor-geral, António Carapeto, determinou a abertura deste procedimento, com a orientação precisa para se "apurar os factos relativos ao atendimento dado pela Linha SNS24, pelo Centro de Operações de Doentes Urgentes (CODU), no momento da ocorrência, bem como a assistência prestada pela Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo à grávida", durante o seu percurso.

Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), organismo que gere a Linha SNS24, também instaurou uma averiguação ao atendimento que foi prestado à parturiente. O relatório preliminar deste organismo concluiu que houve "erro humano na aplicação do algoritmo de triagem", o que fez com que grávida não fosse transferida para o INEM como deveria ter acontecido.

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