A audiência do ex-presidente do FC Porto Jorge Nuno Pinto da Costa no âmbito do processo da designada Operação Pretoriano foi esta quinta-feira adiada sem nova data, devido ao "estado incapacitante" de saúde do antigo dirigente 'azul e branco'.Segundo o despacho do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, a que a Lusa teve acesso, a sessão de sexta-feira é "adiada 'sine die', sendo reagendada assim que a testemunha tenha recomendação ou autorização médica para o efeito".Pinto da Costa ia ser ouvido pelas 10:00 de sexta-feira, no TIC do Porto, para memória futura, numa audição a pedido da defesa de um dos arguidos do processo, Fernando Saul..Pinto da Costa deixou o hospital e tem Villas-Boas à espera de resposta sobre uma homenagem. No início de novembro, a defesa de Fernando Saul tinha requerido a audição para memória futura do ex-presidente do FC Porto, Pinto da Costa, que tem enfrentado problemas de saúde depois de ter sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021.Em dezembro de 2024, o tribunal decidiu levar a julgamento nos exatos termos da acusação os 12 arguidos da Operação Pretoriano, entre os quais Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, e Sandra Madureira, sua mulher e antiga vice-presidente daquela claque afeta ao FC Porto.Na leitura da decisão instrutória, que decorreu em sessão pública, ao contrário de todo o debate, iniciado em 28 de outubro, a juíza Filipa Azevedo explicou que manteve na íntegra a acusação do Ministério Público (MP), porque a prova documental, testemunhal e pericial é forte..Operação Pretoriano. Fernando Madureira e todos os outros arguidos vão a julgamento. A acusação do MP denuncia uma eventual tentativa de os Super Dragões "criarem um clima de intimidação e medo" numa AG do FC Porto para que fosse aprovada uma revisão estatutária "do interesse da direção" do clube, então presidido por Pinto da Costa.Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e três de atentado à liberdade de informação.Hugo Carneiro também está acusado de detenção de arma proibida, sendo que o MP requer penas acessórias de interdição de acesso a recintos desportivos entre um e cinco anos.O FC Porto e a SAD gestora do futebol profissional 'azul e branco' constituíram-se assistentes da Operação Pretoriano, que foi desencadeada em 31 de janeiro, no âmbito da investigação aos desacatos na AG do clube, e resultou na detenção de 12 pessoas.