PJ detém 64 suspeitos de burla qualificada e branqueamento que causaram prejuízos de 14 milhões de euros
Foto: Reinaldo Rodrigues

PJ detém 64 suspeitos de burla qualificada e branqueamento que causaram prejuízos de 14 milhões de euros

Em causa grupo transnacional dedicado à prática de criminalidade informática, burlas qualificadas e branqueamento de capitais, através de “Phishing”, com prejuízos que ascendem a 14 milhões de euros.
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A Polícia Judiciária (PJ) realizou esta terça-feira, 16 de setembro, em várias zonas do país, 73 buscas domiciliárias e deteve 64 suspeitos de pertencerem a um grupo organizado transnacional, que se dedicava à prática de criminalidade informática, burlas qualificadas e branqueamento de capitais, através do modus operandi conhecido como “Phishing”, com prejuízos que ascendem a cerca de 14 milhões de euros.

A operação coordenada pela PJ e pela polícia sueca contou com colaboração da Europol e Eurojust, que se deslocaram e acompanharam as diligências em Portugal. Por sua vez, as autoridades suecas também realizaram diligências na Suécia.

"O esquema criminoso consistia na angariação de vítimas, todas de nacionalidade sueca, na generalidade com idades superiores a 65 anos, que, através de vários esquemas eram convencidas a fornecer os códigos de acesso às contas bancárias, com a posterior transferência não autorizada de fundos, para contas bancárias em Portugal e outros países e subsequente dissipação destes valores", indica um comunicado enviado às redações.

O núcleo principal do grupo, que atuava e residia em Portugal, é de nacionalidade sueca, que além das burlas informáticas "angariaram largas dezenas de money mules que abriam ou cediam as suas contas bancárias para ocultar e dissipar os montantes ilicitamente obtidas, contribuindo, assim, para o branqueamento de capitais".

Durante as buscas foram apreendidos materiais informáticos e outra documentação que corroboram os indícios dos crimes praticados, bem como outros bens provenientes dos ganhos ilícitos, nomeadamente, viaturas de alta cilindrada, joias e relógios valiosos.

Os detidos irão ser presentes esta terça-feira ao Ministério Público para primeiro interrogatório de arguidos detidos.

O inquérito é titulado pelo DIAP de Lisboa.

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