O antigo primeiro-ministro José Sócrates enviou uma carta ao Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra, na qual afirmou que deseja "apresentar queixa contra incertos pelo crime de devassa da vida privada", apontando "como principais suspeitos os procuradores ligados ao Processo Marquês."Sócrates referiu, na missiva, a que a CNN Portugal teve acesso, que "está absolutamente convencido que o Ministério Público da informações" à comunicação social. Em causa o "conhecimento exato" das viagens que realiza e das quais não deu conhecimento ao tribunal."Acabei de chegar ao aeroporto de Lisboa e uma câmara de televisão do 'Correio da Manhã TV' estava à minha espera para me fazer perguntas sobre a minha vida privada mostrando um conhecimento exato das viagens que fiz em semanas anteriores e do seu destino", diz Sócrates na carta.O antigo chefe do Governo referiu que teve "sempre o cuidado de cumprir as obrigações legais resultantes do termo de identidade e residência", para "não comunicar ao tribunal" para onde viaja."Ainda assim, embora com todos estes cuidados da minha parte, a televisão do Correio da Manhã sabia exatamente que viagens eu havia feito e quando. Tenho a forte suspeita de que esta estação recebe informações das autoridades penais com o objetivo evidente de devassar a vida dos cidadãos que são especialmente visados por essa instituição, como é o meu caso", lê-se no documento. .Operação Marquês suspensa mesmo com risco de prescrição de crimes.Operação Marquês: Sócrates requer à juíza esclarecimentos sobre prescrição de crimes