O presidente da Câmara Municipal de Lisboa não vai reconduzir a atual administração da Carris, avança a SIC.Fonte próxima do autarca indicou à estação que este considera "bastante graves o conjunto de falhas técnicas detetadas ao longo de várias anos e processos que envolvem, essencialmente, as duas últimas administrações".Na sequência da divulgação do relatório preliminar ao descarrilamento do elevador da Glória, Moedas "assume a preocupação de querer recuperar o mais depressa possível a confiança e credibilidade da empresa.".Elevador da Glória. Ministro garante que Governo mandatou IMT quando detetou lacuna na supervisão destes transportes. A atual administração, liderada por Pedro Bogas, foi viabilizada pelo PS em maio de 2022. Segundo os estatutos da empresa, o mandato dos titulares dos órgãos sociais da empresa é coincidente com o dos titulares dos órgãos autárquicos do município. Ou seja, o presente mandato termina no final deste ano. Antes de Bogas, era Tiago Farias que exercia funções de presidente da Carris desde 2016, quando a autarquia assumiu a gestão da rodoviária.O relatório preliminar do GPIAAF revela que o cabo que unia as duas cabinas do Elevador da Glória e que cedeu no seu ponto de fixação da carruagem que descarrilou não respeitava as especificações da Carris, nem estava certificado para uso em transporte de pessoas..Oposição une-se contra Moedas. “Deve assumir responsabilidades” pelo acidente com elevador da Glória. Além de falhas e omissões na manutenção, este organismo público apontou também a falta de formação dos funcionários e de supervisão dos trabalhos efetuados pela empresa prestadora do serviço.O GPIAAF diz, por exemplo, que as inspeções previstas para o dia do acidente “estão registadas como executadas, embora detenha evidências de que não foram feitas no período horário indicado na correspondente folha de registo”.Aquele gabinete recomenda ainda à Carris que não reative os ascensores de Lisboa “sem uma reavaliação por entidade especializada”, e ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes que implemente um quadro regulamentar apropriado..Como era Lisboa quando chegaram os ascensores? E qual o futuro após a tragédia no Elevador da Glória?. Carris remete compra de cabos com alegadas irregularidades para administração anteriorA Carris indicou esta segunda-feira que o processo de aquisição do cabo do Elevador da Glória, a que uma investigação aponta irregularidades, ocorreu num mandato anterior ao do atual conselho de administração.Num comunicado, a Carris realçou que o relatório considera que “[…] não é possível neste momento afirmar se as desconformidades na utilização do cabo são ou não relevantes para o acidente” e esclareceu que o processo de aquisição dos cabos, “com alegadas inconformidades, que condicionaram todo o processo de substituição dos cabos, ocorreu em mandato anterior ao do presente conselho de administração”.“Sobre esta matéria, o conselho de administração da Carris desconhece a factualidade exposta” no Resumo das Constatações Relevantes até à Data sobre o cabo de tração/equilíbrio (nos pontos 2 a 5), sublinhou a transportadora, indicando que, “uma vez que o relatório refere o incumprimento de normativos em vigor na Carris, serão apuradas as respetivas responsabilidades”..Relatório preliminar aponta para falsas tarefas de manutenção e de inspeção ao elevador da Glória