A Ministra da Saúde vai proceder a uma substituição na liderança do INEM. Segundo avançaram a CNN Portugal e o Público, sai Sérgio Janeiro, entra Luís Cabral. Outra mudança: o organismo passará a denominar-se Autoridade Nacional de Emergência Médica (ANEM), segundo a RTP.Em declarações à Lusa, fonte do Ministério da Saúde explicou que o atual presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Sérgio Janeiro, não foi demitido, mas será substituído. Ao início da manhã, a informação avançada pela CNN Portugal é de que teria sido demitido.“Não houve uma demissão do presidente do INEM. Na sequência de um concurso aberto pela CReSAP, com vista ao recrutamento e seleção do presidente do INEM, foi escolhido um dos três candidatos validados durante este procedimento”, que não é o atual presidente, esclareceu.Sérgio Janeiro, Nélson Pereira e Luís Cabral são os três nomes validados pela CReSAP e a fonte do Ministério da Saúde disse apenas que Sérgio Janeiro não será o próximo presidente do INEM, sem confirmar o nome do substituto.A notícia da substituição surge depois de um encontro que aconteceu na quinta-feira à noite entre Ana Paula Martins, o presidente do INEM e a vogal deste organismo, Alexandra Ferreira, segundo avançou o Público.Segundo este jornal, a reunião serviu para a ministra anunciar a Sérgio Janeiro a sua saída do Conselho Directivo do instituto. Ainda de acordo com o Público, Sérgio janeiro será substitído por Luís Cabral, antigo secretário regional da Saúde dos Açores (entre 2012 e 2016), para a presidência do INEM.Diz o Público que a a vogal do INEM deverá ficar em funções como presidente interina até à chegada de Luís Cabral, no início de novembro.A escolha de Luís Cabral suscita, contudo, alguma contestação. Na segunda-feira, o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) pediu que esta nomeação seja reavaliada, alegando que a escolha do médico “suscita muitas e legítimas preocupações” aos profissionais do setor.Numa carta enviada ao primeiro-ministro, o STEPH apelou a que Luís Montenegro “reavalie esta eventual nomeação”, garantindo que a escolha do nome para a presidência do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) seja “orientada pelos princípios da competência, da continuidade e do interesse público”.O Sindicato considera que as posições públicas e o trabalho realizado pelo médico Luís Cabral nos Açores “são contrárias à melhor evidência [informação] científica”, além de assentarem “num sistema seis vezes mais caro do que o utilizado no continente”. Por isso, defende que uma eventual nomeação poderia "representar um retrocesso no caminho de cooperação e modernização que vinha sendo trilhado”,o sindicato.O concurso para presidente do INEM foi aberto em janeiro deste ano, mas foi interrompido devido à marcação das eleições legislativas antecipadas de maio, mantendo-se no cargo Sérgio Janeiro, que tinha sido nomeado em julho de 2024 em regime de substituição por 60 dias.(Notícia atualizada às 10h50 para acrescentar informação do Ministério da Saúde de que Sérgio Janeiro não foi demitido mas sim substituído).Finanças encontraram mais de 75 mil documentos relativos a pagamentos do INEM a bombeiros por validar.Governo: auditoria comprova que a reforma do INEM “é a mais urgente e prioritária” na Saúde