Militar da GNR barricado em posto de Felgueiras já se entregou

Militar da GNR barricado em posto de Felgueiras já se entregou

Sérgio Ribeiro, condenado a 13 anos de prisão por burlas, esteve barricado durante cerca de 16 horas.
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Sérgio Ribeiro, militar da Guarda Nacional Republicana que se barricou no posto de Felgueiras na tarde de terça-feira, 30 de dezembro, já se entregou às autoridades.

O militar, condenado a 13 anos de prisão por burlas, esteve barricado durante cerca de 16 horas.

O arguido entregou-se às autoridades pelas 07h55 desta quarta-feira (31), disse fonte policial à Lusa.

"Entregou-se, está bem, sem qualquer mazela. Foi através da negociação", afirmou o capitão Mendes dos Santos, relações públicas do Comando Territorial da GNR do Porto, aos jornalistas. "Foram 16 horas em que os nossos militares estiveram sempre em conversações com o outro militar e culminou agora com um bom desfecho", adiantou.

Sérgio Ribeiro vai agora ser encaminhado para o Estabelecimento Prisional de Tomar.

O Grupo de Intervenção de Ordem Pública e o Grupo de Intervenção de Operações Especiais da GNR estiveram no local. O militar que esteve barricado tinha na sua posse uma arma, que não era a de serviço, informou o capitão Mendes dos Santos.

O militar decidiu barricar-se no posto depois de ter conhecimento que iria ser detido para cumprir pena, considerando que a decisão judicial ainda não tinha transitado em julgado, alegando estar por decidir um recurso.

Sérgio Ribeiro, colocado à data das burlas no posto da GNR de Fafe, tem 13 anos de cadeia para cumprir por instigar um esquema de burlas superiores a 400 mil euros, que lhe permitiu ter uma vida de luxo, juntamente com a mulher, que era auditora de justiça e futura juíza.

Em novembro de 2022, o Tribunal de Guimarães (tribunal de primeira instância) condenou o arguido por dezenas de crimes de instigação de burla qualificada e por branqueamento de capitais, aplicando-lhe, em cúmulo jurídico, a pena única de 13 anos de cadeia, assim como a proibição do exercício de funções de GNR por um período de cinco anos.

Após recursos, a pena viria a ser confirmada, primeiro, em junho de 2024, pelo Tribunal da Relação de Guimarães, e em março deste ano, pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Na acusação, o Ministério Público (MP) sustentava que o esquema passou por o pai do GNR, "muito conhecido, considerado e com boa reputação na sua área de residência, acolitado pela sua mulher sempre que necessário, pedir dinheiro emprestado a pessoas que nele confiavam, geralmente pessoas de idade, enganando-as com uma simulada situação de urgência e aflição".

Segundo o MP, através deste esquema de burlas, conseguiram mais de 400 mil euros, os quais permitiram uma vida de luxo ao filho (GNR) e à mulher, auditora de justiça.

Em relação à esposa do militar da GNR, o STJ manteve a pena suspensa de quatro anos e meio a que tinha sido condenada por branqueamento.

Os pais do militar da GNR também foram condenados.

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